Polícia divulga cartaz pedindo informações sobre suspeito de manter esposa e filhas em cárcere privado por mais de 20 anos

O Portal dos Procurados divulgou nesta terça-feira (4) um cartaz para ajudar nas investigações da 91ª DP (Valença), a fim de obter informações que possam levar à prisão de José do Carmo João, de 60 anos. Ele é suspeito de manter em cárcere privado a mulher e duas filhas por mais de 20 anos em uma casa em uma área em Valença, no Sul Fluminense.

O cativeiro foi descoberto na última quinta-feira (29) após a polícia ter sido chamada para investigar ameaças do homem a vizinhos. Ao notar a chegada dos agentes, ele fugiu do local.

Foragido da Justiça, José é acusado de matar um homem a pauladas. O crime aconteceu no dia 24 de junho de 2001, em Barra do Piraí, a cerca de 35 km do município onde a família foi encontrada presa. Em 2006 ele foi indiciado por homicídio qualificado por motivo fútil. Segundo as investigações, a vítima, identificada como Itamar Oliveira de Souza, foi morta depois de uma discussão.

Conforme aponta a denúncia do Ministério Público, o crime foi cometido “mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima”. O documento também cita que foi causado “sofrimento desnecessário e atroz” a Itamar, que levou violentos golpes na cabeça.

Cárcere privado

José é suspeito de manter a esposa e as duas filhas em cárcere privado por aproximadamente 22 anos. Elas têm 48, 19 e 25 anos. À reportagem, o delegado Flávio Narcizo disse que desde que chegaram na residência, as vítimas nunca viram outras pessoas.

— A mais velha nasceu em Barra do Piraí, quando o pai ainda não estava foragido. O parto da mais nova foi dentro da própria casa. Ela nunca tinha visto a rua, por exemplo. As vítimas só sabem falar. Não sabem mexer no celular, na televisão — afirmou.

Narcizo acredita que o suspeito esteja morando pela mata.

— Ele é mateiro, então conhece bem a região. Na fuga, ele não levou mantimentos, armas, nem documentos. Nossa equipe conseguiu pegar todas as armas e munições que ele tinha em casa. Era muita coisa. Nossa suspeita é de que ele esteja morando pela mata — detalhou.

Após o resgate, a mãe e as filhas foram acolhidas pela irmã da esposa do criminoso, que acreditava que a mesma estava morta há anos, já que nunca mais teve notícias.

Fonte: Extra

Foto: Extra

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *