Santarém – Mãe denuncia técnica de enfermagem que teria arrancado pele da mão de bebê durante atendimento

Na madrugada de sexta-feira (14), um recém-nascido com apenas 12 dias de vida, teve parte de sua pele da mãozinha arrancada por uma técnica de enfermagem no Hospital Municipal de Santarém. O procedimento malsucedido teria ocorrido após a mãe, Mayara Câncio, questionar à profissional, se a agulha estaria na posição errada, provocando fortes dores no bebê que chorava bastante.

“Ela aplicou o remédio na veia dele a primeira vez por volta das 20 horas e aí já começou a machucar, mas ela disse que era normal ele chorar, Já que ele tá tomando antibiótico. Quando foi 4 horas da manhã ela foi aplicar a segunda dose do remédio. Aí eu perguntei se não tava fora da veia, ela disse que não, pois o medicamento tava indo de boa, mas meu bebê não parava de chorar. Foi aí que com toda ignorância ela puxou e machucou feio”, contou a mãe.

Ainda conforme a mãe do bebê, o ferimento sangrou um pouco, ficou exposto até o turno  da manhã de outras enfermeiras que viram o inchaço na mãozinha da criança e limparam o local. Em seguida, indicaram uma pomada para a mãe comprar e também realizaram algumas compressas para diminuir o inchaço.

Mayara lamentou o sofrimento do filho e o despreparo da técnica de enfermagem. ”Estou chocada com a falta de cuidado, pois a profissão delas exige carinho, amor, respeito com o próximo, ainda mais com meu bebê que desde a gravidez vem lutando pra vim ao mundo. Meu psicológico tá abalado com isso tudo, mas vou ser forte por ele”, concluiu.

Entramos em contato com a assessoria de comunicação do Hospital Municipal para esclarecer a respeito. Em nota nos informaram o seguinte, confira na íntegra:

“A direção do Hospital Municipal de Santarém Dr. Alberto Tolentino Sotelo esclarece que abriu uma sindicância interna para apurar o atendimento ocorrido a um recém-nascido.

O Instituto Mais Saúde, que faz a gestão do Hospital Municipal de Santarém, informa também que uma assistente social foi enviada imediatamente para acolher os familiares, dando a ela todos os cuidados emergenciais, não os deixando sem amparo algum. O POP (Procedimento Operacional Padrão) é seguido rigorosamente na unidade.

A direção aproveita para dizer que lamenta profundamente o ocorrido, reforçando ainda que não compactua com nenhum ato que fira a qualidade e humanização na assistência”.

 Matéria atualizada no dia 18/10 às 10h01.

Por Diene Moura

O Impacto

Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal