Santarém – Filho de vereador agride namorada com socos e tapas
Na última segunda-feira (20) por volta das 21h, Jonas Rodrigues Gonçalves, 23 anos, foi denunciado por agredir a namorada identificada como A.R., de 26 anos. As agressões teriam ocorrido em via pública, na Avenida Santos Dumont, bairro Interventoria, zona Central de Santarém.
Segundo relatos da vítima à polícia, o denunciado, enciumado por ela está dançando em um baile de carnaval, onde estava acompanhada das irmãs, uma amiga e a filha, teria lhe puxado para um determinado local pedindo a chave da residência.
Com a recusa e alegando que o imóvel pertencia à vítima, Jonas teria ficado enfurecido, iniciando xingamentos e logo em seguida desferindo um tapa no braço da então namorada. Ao perceberem a agressão, a irmã de A.R. interferiu, mas acabou sendo empurrada e caindo no chão.
Momento que Jonas pegou A.R. pela camisa e a atingiu com o primeiro soco, que atingiu a boca. A sessão de espancamento seguiu com tapas no rosto, chutes na barriga e também nas pernas. Já ao solo, o suspeito arrastou a jovem pelos cabelos. A irmã novamente tentou impedir a violência, mas não conseguiu.
Populares, ao perceberem a ação, interviram, chamaram a polícia e socorreram a vítima. Após o ataque, o suspeito ainda fez uma ligação a ameaçando. “TU TÁ FUDIDA, EU VOU TE MATAR E ACABAR COM TODA TUA FAMÍLIA”, dizia Jonas.
Ainda conforme relatos de A.R., tanto para a polícia, quanto para o repórter policial, Júnior Pião, não bastava as agressões e humilhações na frente da filha, os familiares de Jonas, invés de acolhê-la e oferecer ajuda, o esconderam para ele não ser capturado em flagrante.
“Já não tava tão bem a nossa relação, no carnaval ele me puxou pra um canto e começou a me xingar. Não teve nenhum motivo, me bateu, me machucou, fiquei desacordada. A minha irmã me defendeu, ele bateu na minha irmã também, tudo na frente da minha filha (fruto de outro relacionamento)”, lamentou.
A jovem revelou ainda, que o agora ex-namorado, o agressor é filho do vereador e professor Josafá Gonçalves, do Partido Liberal (PL). “A família dele apoiou e escondeu ele. É e sempre assim, passam a mão na cabeça dele, sempre faz o que quer e acha que é o dono do mundo, só porque é filho de uma pessoa importante”, afirmou a vítima.
A.R. alegou também que Jonas Gonçalves é usuário de drogas e utilizava desse ‘artifício’ para mantê-la sempre por perto, prometendo mudar, dentre outras promessas vazias que alimentavam um relacionamento tóxico e abusivo.
“Bastante tempo conturbado a nossa relação, e toda vez que a gente terminava ele vinha com alguma coisa, uma chantagem dizendo que não tava bem. Ele usa droga e toda vez que a gente terminava, ele dizia que por esse motivo ele ia melhorar, ia fazer tratamento e conseguia me convencer pra gente voltar. Me pedia perdão e a gente voltava, fazia as pazes, cada vez mais que a gente brigava, só piorava a situação até chegar nesse ponto”, ressaltou.
Anterior a este fato lamentável, Jonas já vinha dando sinais de seu comportamento agressivo. “Me ameaçava várias vezes, falou várias vezes que eu não iria ser mais de ninguém. E se eu conseguisse outra pessoa, ele ia me matar, matar a pessoa, ia fazer maldade pra todo mundo da minha família. Esses dias agora, ele bateu no meu cunhado, ele era completamente ciumento”.
Ao ser questionada se voltaria com o suspeito, a jovem afirmou que não pretende voltar com ele e por fim encorajou outras mulheres. “Para elas terem coragem, terminar de verdade e denunciar. A melhor forma é não ter medo, denunciar e pronto!”, concluiu.
Com hematomas na cabeça, rosto, boca e muita dor nas costas, a vítima registrou o caso na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), a qual foi solicitado medida protetiva com urgência, especificadas na Lei 11.340/2006 (Maria da Penha). Posteriormente, foi conduzida para exame de lesão corporal.
Decisão da Justiça
Jonas Gonçalves não foi preso, mas algumas determinações dispostas na medida protetiva deverão ser cumpridas. Em caso de descumprimento, sua prisão preventiva será decretada imediatamente, sujeito a ser penalizado em 3 meses a 2 anos de reclusão.
Na terça-feira (21), o Juiz de Direito Plantonista, Flávio Oliveira Lauande, concedeu em favor da vítima as seguintes medidas:
– proibido se aproximar-se da vítima e de seus familiares e testemunhas pelo limite mínimo de 100 metros de distância entre estes e o agressor;
– proibido contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação (ligação telefônica, mensagem SMS, redes sociais, tais como WhatsApp, facebook, etc);
-proibido frequentar bares, boates e estabelecimentos onde venda bebida alcoólica , bem como o local de residência da vítima.
O espaço segue aberto para qualquer posicionamento a respeito, bem como uma possível defesa do suspeito.
Matéria atualizada às 16h40.
Por Diene Moura
O Impacto – colaborou Baía
Se fosse alguém lá da periferia ou do interior estaria preso, como e um play boy viciado em drogas e filho de “otoridade”, as autoridades incompetentes como diz a letra daquela música, ficam cegas, surdas e mudas.