Após descumprir medidas cautelares, acusado por morte de empresário é preso
Na manhã desta quinta-feira (16), o juiz Gabriel Veloso da 3ª Vara Criminal de Santarém determinou a prisão de Dionar Nunes da Cunha Júnior, acusado de ser o mandante da morte do casal Francisco Iran Parente e Josielen Maciel Prezza, em fevereiro de 2020.
A decisão ocorre em função do indiciado ter violado as medidas cautelares impostas pela Justiça. Dionar Nunes estava respondendo pelo crime em prisão domiciliar.
Um pedido da assistente de acusação enviado ao Ministério Público revelou que Dionar estaria descumprindo obrigações impostas pela Justiça. A alegação revela que o réu inclusive se dirigiu para um evento festivo em Juruti, sem comunicar a comarca. Para fundamentar a afirmação, uma foto de um veículo que seria do acusado em uma balsa e documentos foram apresentados.
Além de Dionar, Erik Renan Oliveira Carvalho também responde pela autoria do duplo homicídio. Outras três pessoas também estão envolvidas no assassinato.
O crime
No dia 28 de fevereiro, os corpos de um casal foram encontrados em meio a uma plantação, na vicinal da comunidade do Guaraná, na região de Planalto de Santarém. Eles foram identificados como Francisco Iran Parente e sua esposa, moradores da comunidade de Boa Esperança, que no dia anterior tiveram a casa invadida e em seguida levados por criminosos.
As vítimas foram barbaramente assassinadas com vários disparos de arma de fogo. No mesmo dia em que os corpos foram localizados, a polícia conseguiu prender um dos suspeitos de ter participado da execução do casal.
Com as investigações aprofundadas, a Delegacia Especializada de Homicídio, sob comando do delegado Gilvan Almeida, conseguiu identificar os comparsas do primeiro preso, bem como a pessoa que teria encomendado o crime, no caso, Dionar Júnior.
Motivação
Consta nos autos do processo, que a motivação do crime é definida como torpe, já que Dionar encomendou o crime de homicídio por somar dívida superior a R $ 2.000.000,00 (dois milhões de reais) com a vítima Francisco Iran, bem como por ser uma espécie de “laranja”.
As investigações levam a crer ainda, que com a morte do empresário e da esposa, ele ganharia vantagens financeiras, principalmente por já ter um posto de gasolina em seu nome no município de Itaituba, avaliado em R $ 10.000.000,00 (dez milhões de reais).
Matéria atualizada às 8h59.
Por Diene Moura e Baía
O Impacto
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