Adepará realiza vacinação fiscalizada de animais em propriedades no Pará
Com o objetivo de cumprir com as atividades de vigilância da 1ª Etapa de Vacinação contra a Febre Aftosa, fiscais estaduais agropecuários da Agência de Defesa Agropecuária do Estado (Adepará) realizam a vacinação fiscalizada de animais em propriedades no Pará.
A vacinação fiscalizada ocorre quando o Serviço Veterinário Oficial acompanha apenas uma parte da vacinação dos animais existentes em uma propriedade.
Em Inhangapi, no nordeste do Pará, fiscais e agentes agropecuários do escritório da Agência, no município, vêm realizando o acompanhamento da vacinação contra a febre aftosa adotando alguns critérios para essa ação, entre eles, propriedades que apresentem algum tipo de risco de reintrodução do vírus.
“Nós verificamos se o produtor está realizando a aplicação correta da vacina, a higienização das pistolas utilizadas na vacinação, a manutenção da temperatura destas vacinas e o bom manejo dos animais. Esclarecendo ao produtor que todos esses cuidados devem ser mantidos durante toda a atividade para que a vacina tenha sua eficácia mantida e assim possa proteger contra o vírus da febre aftosa, porque se ela for mal executada pode não promover a proteção que se almeja”, explicou o fiscal estadual agropecuário Joylson Canto, que atua na região.
O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) preconiza que a vacinação contra a febre aftosa deve ser acompanhada em 1% das propriedades. Em Inhangapi, até o momento, a Adepará realizou a vacinação fiscalizada em 9 propriedades, que têm um total de rebanho de 3 mil animais, tendo sido vacinados mais de 350 animais durante as vacinações fiscalizadas até agora.
“Cada município tem uma meta de vigilâncias no período da etapa, conforme as condições operacionais da Agência, mas quando nós observamos o universo de animais que existem em cada propriedade acaba sendo um número muito expressivo. Buscamos realizar as vacinações em diversas áreas do município, pulverizando a atividade, optando por propriedades de características diferentes, sempre com o intuito do bom procedimento da vacinação”, enfatizou o fiscal.
Durante a visita, também foram feitas inspeções de patas e bocas em animais susceptíveis à febre aftosa, a fim de atender uma das metas previstas pelo Mapa.
Nesta 1ª etapa da vacinação contra Febre Aftosa, que abrange 127 municípios paraenses, com exceção de Faro e Terra Santa, no oeste do Pará, e o Arquipélago do Marajó, a vacinação abrange animais de todas as idades e está prevista para finalizar no dia 09 de junho.
O gerente do Programa Estadual de Erradicação da Febre Aftosa, George Santos, reforça a necessidade de conscientizar o produtor para que ele continue vacinando o rebanho até que o pleito da suspensão da vacina seja atendido. “Essa etapa é um preparativo para sensibilizar o produtor para o próximo passo que é a suspensão da vacina a partir de 2024. Para isso, nós estamos realizando ações para melhorar a vigilância epidemiológica com fiscalização e inspeção mais rigorosa dos animais”, informou.
Segundo o gerente, tudo isso faz parte de uma mudança de estratégia que a Agência Agropecuária está realizando para que a suspensão da vacina ocorra com segurança. A inspeção de patas e bocas é uma das medidas que vêm sendo intensificadas. “Nós estipulamos como meta a fiscalização de patas e bocas,que deve ser cumprida por todos os médicos veterinários que atuam nas Regionais da Agência. Eles precisam selecionar alguns animais no curral, inspecionar as patas e bocas dos animais para verificar se não há lesão vesicular, ou qualquer sinal da doença”, explicou.
Porém, enquanto a suspensão da vacina não ocorre, a Adepará orienta que o produtor deve continuar vacinando e efetuando a comprovação da vacina. “Essa parceria com o produtor, a confiança que ele deposita no nosso trabalho é fundamental para que em caso de surgimento de animais doentes, a Agência seja avisada de imediato para que nós possamos efetuar a contenção rápida da doença”, enfatizou Joylson Canto.
Na fazenda de Nestor Filho, produtor de Inhangapi, que cria gado de elite para reprodução há 12 anos, a vacinação segue as orientações da Agência Agropecuária. “Se houver qualquer problema a gente comunica a Adepará porque eles precisam conhecer o problema para investigar se existe algum risco sanitário para o nosso rebanho e também para as propriedades do entorno. O trabalho da Adepará é importantíssimo, de controle sanitário, não há possibilidade do estado se desenvolver sem a atuação desse órgão”, disse.
Além de imunizar os animais contra a febre aftosa, os fiscais também aplicaram a vacina contra a raiva, que é obrigatória em 50 municípios paraenses, a maioria localizados na região nordeste do Estado.
O Impacto com informações da Agência Pará