Ataque mata criança e deixa cinco feridos em terra Yanomami
Uma criança Yanomami foi morta e outros cinco indígenas ficaram feridos durante um ataque a tiros na comunidade Parima, dentro da Terra Indígena Yanomami nessa segunda-feira (3). A informação foi divulgada pelo Ministério dos Povos Indígenas, que enviou equipes para o local. Os agressores fugiram.
As vítimas foram socorridas por servidores da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) que atuam em uma base de apoio da região. A localidade tem forte presença de garimpeiros ilegais.
Entre os feridos estão adultos e crianças. Segundo o presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Ye’kwana (Condisi-YY), Júnior Hekurari, os feridos são: uma liderança indígena, uma mulher, a filha dela, de 12 anos, um menino, de 13, e uma menina, com cerca de 10.
O corpo da criança morta caiu no rio e ainda não foi localizado. Júnior Hekurari solicitou apoio do Corpo de Bombeiros para encontrar o corpo.
Após o ataque, equipes da Polícia Federal, servidores da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Força Nacional e da Força Nacional de Saúde Pública foram enviadas para a região.
“Os agressores se evadiram e a situação está sob controle. O MPI está presente na região acompanhando a situação”, disse o ministério.
Ainda não se sabe as circunstâncias do ataque e nem quem são os agressores. A suspeita é de que o ataque tenha sido causado por garimpeiros que ainda atuam no território.
Procurado pelo g1, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) lamentou a morte da criança e informou que as outras cinco pessoas foram feridas por disparos de arma de fogo e estão recebendo atendimento.
“Um helicóptero militar foi deslocado de Boa Vista para atendimento”, afirmou.
A reportagem também tentou contato com o Ministério da Saúde (MS), PF e Funai, e aguarda o retorno.
Esse não é o primeiro ataque a tiros contra indígenas registrado no território neste ano. Em abril, um indígena Yanomami morreu e outros dois foram baleados por garimpeiros ilegais na comunidade Uxiu.
Fonte: G1