Polícia Civil apreende mais de 660 mil metros cúbicos de madeira no oeste do Pará
A Polícia Civil do Pará, por meio da Divisão Especializada em Meio Ambiente e Proteção Animal (Demapa), durante investigação no âmbito da Operação “Home Broker”, apreendeu 662.189 metros cúbicos de madeira em toras e serradas, no município de Anapu, na região Oeste do estado.
A operação contou com o apoio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Turismo de Anapu, para apurar fraudes no comércio de créditos florestais virtuais, e o armazenamento e transporte de madeira. A apreensão da madeira ilegal resulta do combate a crimes ambientais em território paraense.
“Após análises acerca do desmatamento na Amazônia, e a instituição de um plano governamental prioritário de preservação florestal, a Polícia Civil do Pará vem intensificando sua atuação no enfrentamento aos crimes ambientais, notadamente quanto às investigações relacionadas ao desmatamento ilegal no Estado. Além da Operação Curupira, em que atuam vários órgãos de Segurança Pública, abrimos outras frentes investigativas de modo a coibir de forma mais abrangente esta modalidade criminosa”, informou o delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende.
Irregularidades – A carga apreendida é equivalente a 22 caminhões cheios de madeira. O empreendimento autuado comprava o material sem origem legal, beneficiava e depois vendia utilizando guias florestais de outros empreendimentos, fazendo o que se chama de “esquentamento da madeira”.
Outras três empresas madeireiras tiveram o Ceprof (Cadastro de Exploradores e Consumidores de Produtos Florestais) suspensos devido aos indícios de fraudes, tanto na constituição como na operacionalização dos empreendimentos.
Ainda foram cumpridos dois mandados de busca e apreensão no município de Jacundá, no Sudeste, na última sexta-feira (07), quando foram apreendidos dispositivos informativos na casa dos investigados.
“A Demapa intensificará os trabalhos de fiscalização, controle e combate aos crimes ambientais por todo o Estado, incluindo a Região Metropolitana de Belém, em relação à fauna (maus-tratos e comércio ilegal de animais), flora (desmatamento e extração de madeira), conflitos no campo, comunidades tradicionais e quilombolas, poluição em geral e outras agressões ao meio ambiente e patrimônio histórico”, informou o delegado Dilermando Tavares, diretor da Demapa.
A investigação prossegue para identificar os demais envolvidos no esquema criminoso. Os indiciados responderão pelos crimes de comércio e transporte irregular de madeira, estelionato, receptação qualificada, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistema de informação.
O Impacto com informações da Agência Pará