MPF adquire equipamento de acesso à internet via satélite e fortalece atuação na região Amazônica
Com a finalidade de reforçar a atuação na defesa dos povos tradicionais e do meio ambiente na região Amazônica, o Ministério Público Federal (MPF) adquiriu equipamento de acesso à Internet via satélite. O serviço foi testado durante missão em terras indígenas no interior do município de Altamira, no Pará, em uma chamada de vídeo realizada no Rio Xingu – um rio da Amazônia – para a unidade do MPF em Belém, na capital do estado, sem que fosse registrada instabilidade na conexão, mesmo com a embarcação em movimento.
O serviço de Internet via satélite vem se somar a outros investimentos adotados nos últimos anos pela administração superior do MPF para reforçar o atendimento a povos indígenas e comunidades tradicionais na Amazônia. Entre as providências tomadas pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, está a aquisição de aeronaves e embarcações para auxiliar no trabalho de campo. A primeira viagem realizada em embarcação própria ocorreu em maio. A coordenadora da Câmara de Populações Indígenas e Comunidades Tradicionais (6CCR), Eliana Torelly, e membros do MPF que atuam na região, estiveram na comunidade quilombola Nossa Senhora do Bom Remédio. Outras providências tomadas por Aras para reforçar a presença do MPF no Norte do país foram a articulação para incluir a região no leilão da Internet 5G no Brasil e a implantação de 30 novos ofícios socioambientais.
O serviço – O equipamento otimizará o trabalho de campo, ampliando a presença do órgão nos locais mais remotos da região Amazônica. O serviço foi testado durante diligência realizada nas terras indígenas Koatinemo, Arawete e Apyterewa, no âmbito do processo que avalia os impactos da usina hidrelétrica de Belo Monte em comunidades indígenas do Pará.
Na ocasião, a procuradora da República Thais Santi, que retornava para a cidade de Altamira após trabalho de campo nas comunidades, realizou uma chamada de vídeo com o procurador-chefe do MPF no estado, Felipe Palha, que estava no escritório em Belém. Mesmo falando de embarcação em movimento, navegando em rio da região, em uma área sem cobertura de telefonia móvel, a chamada não registrou gargalos de áudio ou vídeo, atestando a confiabilidade do serviço.
Para se ter ideia do tempo que poderá ser economizado com o uso da nova tecnologia, o acesso à região visitada pela procuradora exige dois dias de viagem de barco, partindo da cidade de Altamira.
Sinal robusto em dispositivo portátil – O envio de informações do serviço Starlink ocorre por meio de satélites de baixa órbita. Esses equipamentos enviam sinal de internet robusto em áreas rurais e remotas, provendo conexão eficaz mesmo com o usuário em movimento.
A antena receptora é portátil, podendo ser facilmente transportada, o que facilita a incursão em locais de difícil acesso. Outra vantagem é a conexão wi-fi com roteador de alta potência, que emite sinal que pode chegar a um raio de 70 metros, em uma velocidade de até 200 mega.
Isso permitirá, por exemplo, que uma equipe de campo do MPF leve conexão à Internet para uma comunidade em local de difícil acesso, possibilitando a realização de reuniões e audiências de maneira remota. O serviço também facilitará a integração das equipes em missões in loco com membros e servidores que estejam em zonas urbanas, facilitando a troca de informação e a atuação estratégica.
O procurador-chefe do MPF no Pará destaca que a tecnologia contribuirá para garantir o acesso à Justiça a brasileiros que moram no interior da Amazônia. “A atuação do MPF na região ganha em eficiência, com a possibilidade do contato direto com os locais remotos, facilitando o recebimento de denúncias, a realização de diligências, aproximando ainda mais o MPF do cidadão”, afirmou Felipe Palha.
O Impacto com informações do MPF