Em Igarapé-Miri, ação conjunta prende 13 suspeitos por crimes como associação criminosa e extorsão
A Polícia Civil, em ação conjunta da Delegacia de Abaetetuba, Delegacia de Igarapé-Miri, Delegacia de Homicídios de Abaetetuba e do Núcleo de Apoio à Investigação Policial (NAI), deflagrou a Operação “Fura Fila” em frente a um banco localizado no município Abaetetuba.
A ação policial, que iniciou na manhã de hoje (18), teve como resultado a prisão de 13 suspeitos de envolvimento nos crimes como atentado contra a segurança de serviço de utilidade pública, associação criminosa e extorsão. Os presos também são investigados por ameaçar e coagir as pessoas que ficavam nas filas da agência bancária no intuito de causar tumultos para fins de interesse próprio e de vender vagas nas filas impedindo o andamento do serviço de utilidade pública, como o saque de benefício de interesse social.
“Segundo as investigações policiais, os beneficiários eram abordados pelos investigados logo que chegavam em frente à instituição bancária, em via pública. Eles cobravam quantias em dinheiro para ‘guardar’ vaga na fila de atendimento logo após a abertura da agência”, contou o delegado-geral, Walter Resende.
Os valores cobrados variavam entre R$ 30 e R$ 200, a depender do lugar na fila. As pessoas que não concordavam em pagar o valor eram ameaçadas e coagidas a ir para o fim da fila. A prática dos suspeitos ocasionava diversos tumultos, além de resultar em violência e confusão no local.
O titular da Superintendência Regional do Baixo Tocantins, delegado Mhoab Khayan, informou que, “a situação acontecia há vários anos na cidade. Algumas pessoas mais humildes precisavam dormir para guardar o lugar na fila na noite anterior ao atendimento. Nossa investigação começou para dar fim a essa ação delituosa e nós consideramos que a operação foi exitosa já que conseguimos prender várias pessoas e apreender muitos objetos que servirão de provas para o inquérito”.
A operação contou com um efetivo de servidores dos municípios de Abaetetuba e Igarapé-Miri. Os presos foram autuados em flagrante extorsão, associação criminosa e por atentar contra a segurança de serviço de utilidade pública. Com eles foram apreendidos sete aparelhos de telefone, uma porção de maconha e a quantia de R$ 700 em espécie. Foram identificadas e ouvidas onze vítimas na Delegacia.
A Polícia Civil segue com as investigações para identificar mais criminosos e reprimir condutas dessa natureza. Quaisquer informações que possam ajudar a agentes da segurança pública podem ser encaminhadas ao disque-denúncia (181). A ligação é gratuita e pode ser feita de qualquer telefone. Também é possível mandar fotos, vídeos, áudios e localização para a atendente virtual Iara, pelo WhatsApp (91) 98115-9181. Em ambos os casos, não é necessário se identificar.
Fonte: Agência Pará
Imagem: Divulgação/PCPA