Dia de finados
Por José Ronaldo Dias Campos*
Fui ao cemitério visitar os túmulos de entes queridos e, com extrema tristeza, constatei a dificuldade de locomoção naquele lugar sagrado.
Necessário se faz, para alcançar o destino almejado, por incrível que pareça, caminhar sobre sepulturas, o que representa, além de vilipêndio aos mortos, risco acentuado de acidentes.
O estado físico do sepulcrário é preocupante, começando pela capela mortuária em ruínas.
Há um intenso comércio de flores, velas e serviços no local, facilitando a vida de pessoas que, de última hora, vêm rezar e ornamentar os túmulos de parentes e amigos no “Dia de Finados”.
Acredito, para arrematar, que já passou da hora de as autoridades reservarem espaço adequado para a construção de um novo cemitério, uma vez que o atual há muito tempo atingiu sua capacidade máxima.
Com relação aos cemitérios particulares, pelo preço do espaço e pela taxa de manutenção cobrados, o pobre certamente não terá vez, exceto se o município engendrar uma fórmula que abrace os hipossuficientes no pacto firmado com o particular, que, como empresário, visa o lucro.
O Impacto