Há 22 anos, Parque Estadual de Monte Alegre preserva os sítios arqueológicos mais antigos da Amazônia
Uma das principais Unidades de Conservação (UC) administradas pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) completou, na quinta-feira (9), 22 anos de criação: o Parque Estadual de Monte Alegre, no oeste paraense. São mais de duas décadas de esforços contínuos para proteger e preservar os sítios arqueológicos mais antigos da Amazônia, que possuem mais de 12 mil anos.
Localizado no município de Monte Alegre, o Parque Estadual abrange uma área de 36,78 quilômetros quadrados (km²), cerca de 3,6 mil hectares. Sua importância histórica e arqueológica é inestimável, abrigando vestígios da presença humana pré-histórica na região.
Os sítios arqueológicos encontrados na UC são testemunhos de civilizações antigas. Com pinturas rupestres, cerâmicas, artefatos e estruturas arquitetônicas, esses sítios fornecem valiosas informações sobre a história e a cultura dos povos que viveram na Amazônia há mais de 12 mil anos.
Referência – A criação do Parque Estadual de Monte Alegre, em 2001, foi um marco para a preservação desses sítios arqueológicos e da rica biodiversidade da região.
O Ideflor-Bio assumiu a responsabilidade de proteger e promover o manejo sustentável dessas áreas, buscando conciliar a preservação do patrimônio cultural com o desenvolvimento socioeconômico.
O gerente da Região Administrativa da Calha Norte II (GRCN II), Jorge Braga, destaca que ao longo desses 22 anos o Instituto tem trabalhado em parceria com pesquisadores, instituições governamentais e a comunidade local para promover a conservação dese patrimônio e conscientizar sobre sua importância histórica e cultural. “Além disso, nossa UC tem implementado medidas de controle e fiscalização para combater queimadas e garantir a integridade dos vestígios arqueológicos”, ressalta.
Biodiversidade – A preservação do Parque Estadual de Monte Alegre não se limita apenas aos sítios arqueológicos. A UC também abriga uma diversidade de ecossistemas, como floresta densa, campos rupestres e formações rochosas. Essa variedade de habitats é essencial para a manutenção da biodiversidade local, que inclui espécies ameaçadas de extinção, como o macaco-aranha (Ateles paniscus) e a onça-pintada (Panthera onca).
O presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, considera a comemoração pelos 22 anos do Parque Estadual de Monte Alegre um momento de reflexão sobre a importância da preservação do patrimônio cultural e natural da região. “O trabalho que temos realizado ao longo desses anos tem sido fundamental para garantir a conservação desses sítios arqueológicos e a proteção da biodiversidade. Tudo isso contribui para a construção de um futuro sustentável para as gerações presentes e futuras”, enfatiza.
O Impacto com informações da Agência Pará