Ação conjunta da Polícia Civil prende 18 pessoas por tráfico e lavagem de dinheiro no Pará
A Polícia Civil do Pará (PCPA), com apoio de agentes da PC do Maranhão e Rio de Janeiro e do Ministério da Justiça, prendeu 18 pessoas suspeitas de integrarem uma organização criminosa. Conforme as informações, a ação ocorreu na manhã desta terça-feira (5), durante a Operação Acerto de Contas, que investigava os crimes de tráfico de drogas e a lavagem de dinheiro dos valores obtidos com a venda de substâncias entorpecentes.
Conforme a PC, as ações foram ordenadas pela Delegacia de Repressão a Facções Criminosas (DRFC), ligada à Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da PCPA. Foram cumpridos 18 mandados de prisão preventiva e busca e apreensão nas cidades de Tailândia, Belém, Marituba, Mocajuba, Quatro Bocas, Rio De Janeiro e São Luis.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Walter Resende, a operação é um desdobramento de outra operação realizada em março deste ano, que resultou na morte de Leonardo, mais conhecido como ‘L41’, o líder de uma facção criminosa que atua no Pará.
“O mais perigoso deles, o ‘L41’, enfrentou a polícia no Rio de Janeiro e tombou. A partir daí, aprofundamos as investigações e hoje deflagramos a operação ‘Acerto de Contas’. Apreendemos vários objetos, entre celulares e notebooks, que estavam em poder dessas investigados e agora irão poder, com o rastreamento e a extração de dados, identificar vários crimes que ocorreram no estado. Principalmente, as extorsões mediante sequestro e outras extorsões a comerciantes por integrantes da organização criminosa, sob liderança de pessoas que não estão aqui no nosso estado”, declara o delegado.
Das 18 pessoas que foram presas, sete são mulheres. Além disso, também foram identificados os indivíduos responsáveis pelo tráfico e como funcionava o fluxo financeiro da organização, que teria movimentado aproximadamente R$ 4,5 milhões somente no período investigado. Nesta primeira fase, juntamente com as prisões e apreensões, foi realizado o bloqueio bancário de mais de R$6,8 milhões que estavam na conta dos investigados. Para o diretor da DRCO, Cláudio Galeno, um dos fatos mais importantes do que prender todas essas pessoas foi apreender os valores que impulsionam o crime.
“Isso faz com que a facção ou associação criminosa tenha um tempo mais demorado para se reestruturar financeiramente para o cometimento de crimes. Para nós, o objetivo maior foi alcançado. Agora, tudo o que foi arrecadado hoje será suficiente para trabalharmos e realizarmos outras fases dessa operação, que é um enfrentamento contínuo à facção criminosa”, afirma o diretor.
Fonte: O Liberal
Imagem: Divulgação/PCPA