Levantamento aponta que quase 80% das estradas do Brasil têm algum problema
Um levantamento da Confederação Nacional dos Transporte sobre a situação das estradas brasileiras mostra que quase 80% têm algum problema.
A opção mais usada pelos brasileiros para viajar é também motivo de muita preocupação.
As queixas surgem de diferentes estados. Em uma rodovia federal em Roraima, os pontos críticos se espalham em quase toda a extensão. Passar por uma estrada, no Maranhão, é um desafio, os buracos estão por toda parte.
Em São Marcos, na Serra Gaúcha, a estrutura comprometida levou a interdição de uma ponte na BR-116. No Paraná, tem interdição parcial em Morretes e situação parecida em Tibagi. Em Minas Gerais, os problemas aparecem em trechos estaduais, como em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e federais, como na BR-267, em Juiz de Fora, na Zona da Mata.
Um mapeamento feito pela Confederação Nacional dos Transportes em 2023, que está sendo divulgado agora, revela uma situação que exige atenção aos motoristas: foram identificados 2.648 pontos críticos em rodovias federais e estaduais do país. Minas Gerais lidera o ranking do perigo. Situações como esta preocupam: metade da pista foi levada embora com a erosão.
O estudo analisou toda a extensão das rodovias federais no Brasil e os principais trechos das rodovias estaduais; 111 mil quilômetros de estradas e 67% apresentaram algum tipo de problema. Foram encontrados 383 pontos considerados graves nas estradas mineiras. O Acre aparece em seguida com 374 trechos em situação crítica e o Maranhão vem logo atrás. O levantamento apontou 258 pontos com problemas no estado.
Os perigos mapeados envolvem desde grandes buracos na pista, erosões e quedas de barreira. Bruno Batista, diretor-executivo da CNT, diz que a realidade fica pior porque muitos trechos sequer contam com sinalização.
O Ministério dos Transportes afirmou que a pesquisa foi feita no primeiro semestre de 2023; que recuperou 4,6 mil km de rodovias federais ao longo do ano; e que vai continuar a executar projetos estruturantes em todas as regiões em 2024.
Fonte: G1