MPF abre investigações sobre barco encontrado com corpos em decomposição no nordeste do Pará
O Ministério Público Federal (MPF) anunciou que abrirá duas investigações para apurar o caso de uma embarcação que foi encontrada no litoral do Pará, com corpos em estado de decomposição. A suspeita é que o barco seja de refugiados.
O barco foi removido pela Polícia Federal.
O procurador-chefe do MPF no Pará, Felipe de Moura Palha, determinou a abertura de investigação na área criminal e de investigação na área cível, que será realizada pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, órgão do MPF para a defesa de direitos humanos.
Segundo o órgão, a investigação criminal foca em eventuais crimes cometidos e na responsabilização penal de autores. Já a investigação cível concentra-se em questões de interesse público e na proteção de direitos que não necessariamente envolvem crimes.
Seis peritos foram enviados de Brasília ao Pará para a força-tarefa montada. Integrantes de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI), Local de Crime e Medicina Legal também saíram do Instituto Nacional de Criminalística (INC) rumo ao estado. Demais médicos foram ao local neste domingo (14).
A finalidade do DVI – protocolo internacional usado pela Interpol – é garantir que todas as vítimas sejam identificadas de forma precisa e digna, permitindo que famílias recebam os corpos e possam realizar as cerimônias adequadas de enterro, além de garantir as exigências legais, quando necessário.
Os peritos vão analisar DNA e confrontar com o banco nacional de perfis genéticos, para saber se há identificação, se são brasileiros ou não. Segundo autoridades locais, a hipótese de que são estrangeiros é reforçada porque não houve ocorrência de brasileiros desaparecidos na região nos últimos dias.
Outra dificuldade dos agentes é em atestar a quantidade de corpos dentro do barco devido às mutilações. O trabalho da PF é juntar algumas partes para saber, com exatidão, quantas vítimas são. A informação inicial é de que seriam 20 pessoas mortas no barco.
O barco foi encontrado à deriva no litoral de Bragança, cidade do nordeste paraense, distante cerca de 215 quilômetros da capital Belém. Os pescadores que encontraram o barco relataram que os corpos estavam em estado de decomposição.
O Ministério Público Federal (MPF) também entrou no caso e informou que abriu duas investigações. Em nota, disse que o procurador-chefe do MPF no Pará, Felipe de Moura Palha, determinou a abertura de investigação na área criminal e na área cível, que será realizada pela Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão, órgão do MPF para defesa dos direitos humanos.
Fonte: CNN