PF investiga desvio de quase R$ 4 milhões de recursos de associação indígena no Pará
Na sexta-feira (10), a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão, em Marabá. A Operação, de nome É Pra Valer, apura desvios dos recursos recebidos pela Associação Indígena Baiprã de Defesa do Povo Xikrin Odja.
Os mandados foram na casa do investigado e na associação da qual ele faz parte como diretor. Foram arrecadados documentos contábeis da instituição, um celular e um HD externo, que serão analisados pela Polícia Federal.
Conforme as investigações, aproveitando a condição de diretor da entidade, o investigado teria transferido para sua própria conta e de terceiros quase R$ 4 milhões, nos últimos anos. O valor recebido pela Associação é de indenização paga pela Vale ao povo Xikrin Odja, referente a impactos ambientais causados por extração no rio Catete. A aldeia fica no município de Água Azul do Norte, a pouco mais de 300 quilômetros de Marabá, localização da sede da associação.
“Com o suposto desvio financeiro, há relatos de padecimento de necessidades básicas por parte de alguns indígenas, visto que os recursos que deveriam receber foram em parte desviados ou mal administrados. A decisão judicial, dentre outras medidas cautelares, decretou o afastamento do investigado do cargo junto à associação. O alvo responderá pelo crime de apropriação indébita qualificada”, disse a PF.
A operação foi denominada É Pra Valer tendo em vista o investigado já ter sido denunciado e processado por fatos semelhantes em 2015, porém absolvido por falta de provas. (com informações da PF)
O Impacto