“Amazônidas” realiza gravações em Igarapé-Açú, Alter do Chão e Altamira
As filmagens da série documental “Amazônidas” continuam em ritmo acelerado. Nas últimas semanas, a equipe da Muruci Produções esteve em Igarapé-Açú, Alter do Chão e Altamira, registrando histórias de personagens que abordarão temas como Diversidade e Infância Ribeirinha.
“Amazônidas” é um projeto idealizado pelo antropólogo Diego Alano Pinheiro e selecionado pelo Edital de Audiovisual Fomento Inciso I – Lei Paulo Gustavo, do estado do Pará. Composta por cinco episódios, a produção retrata narrativas de comunidades quilombolas, populações negras, indígenas, ribeirinhas e LGBTQIAPN+.
Entre os temas abordados estão a educação interétnica, a infância ribeirinha, os saberes ancestrais, a diversidade de gênero e sexualidade, além das crenças.
Um dos locais recentes de gravação, foi a comunidade de Igarapé-Açú, próxima à cidade de Santarém, onde foram registradas cenas do cotidiano de crianças ribeirinhas e suas interações com os rios e florestas.
A produção do filme também esteve em Altamira, no sudoeste do Pará, para documentar a história de Adélia Luiz. Adélia é multiartista, travesti, comunicadora, DJ, empreendedora, cofundadora do Coletivo INUNDA e coordenadora do projeto de arte urbana do Coletivo Color Afro Xingu, além de ser ativista dos direitos LGBTQIAPN+.
“Como uma travesti preta, reivindico meu espaço através da minha arte. Essa é a maneira que encontro para continuar viva e resistindo aos desafios e preconceitos,” afirma Adélia, que integrará o episódio sobre Diversidade.
Em Alter do Chão, a Muruci Produções entrevistou Estefane Galvão, uma multi-instrumentista, produtora sociocultural, e ativista socioambiental e climática. Estefane é integrante da Associação e Grupo Musical de Mulheres Indígenas Suraras do Tapajós.
“A temática da diversidade deve ser sempre pautada para que possamos nos reconhecer nos lugares que ocupamos. Eu, enquanto jovem LGBT que luta pelas causas socioambientais, vejo como essencial dar visibilidade à nossa cultura, história e vivências,” destacou Estefane.
As gravações continuam e o próximo set de filmagem será na comunidade Anã, na Reserva Extrativista Tapajós-Arapiuns. Posteriormente, a equipe seguirá para a comunidade Muruary, Oriximiná, Santarém, Castanhal e Belém.
“Já concluímos o episódio sobre Diversidade com personagens como Rawi, Adélia e Estefane, que trazem narrativas essenciais sobre a diversidade de gênero e sexualidade na Amazônia. ‘Amazônidas’ ainda está em andamento, mas já está promovendo debates importantes sobre temas que geralmente são invisibilizados,” explicou o diretor geral e criador da série, o antropólogo Diego Alano Pinheiro.
O Impacto