Abin Paralela: PF investiga grupo que usava sistema para espionagem

A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (11) a 4ª fase da Operação Última Milha. O objetivo é desarticular organização criminosa que monitorava ilegalmente autoridades públicas, além de produzir notícias falsas, utilizando-se de sistemas da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

De acordo com a corporação, policiais federais cumprem cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nas cidades de Brasília, Curitiba, Juiz de Fora (MG), Salvador e São Paulo.

Em nota, a PF informou que membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos do grupo, “incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de informações sabidamente falsas”. “A organização criminosa também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos”, que são:

  • Alexandre de Moraes, ministro do STF
  • Dias Toffoli, ministro do STF
  • Luís Roberto Barroso, presidente do STF
  • Luiz Fux, ministro do STF
  • Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados
  • Rodrigo Maia, ex-deputado federal e então presidente da Câmara dos Deputados
  • Kim Kataguiri (União-SP), deputado federal
  • Joice Hasselmann, ex-deputada federal
  • Alessandro Vieira (MDB-SE), senador
  • Omar Aziz (PSD-AM), senador
  • Renan Calheiros (MDB-AL), senador
  • Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), senador
  • João Dória, Ex-Governador de São Paulo
  • Hugo Ferreira Netto Loss, servidor do Ibama
  • Roberto Cabral Borges, servidor do Ibama
  • Christiano José Paes Leme Botelho, auditor da Receita Federal do Brasil
  • Cleber Homen da Silva, auditor da Receita Federal do Brasil
  • José Pereira de Barros Neto, auditor da Receita Federal do Brasil
  • Monica Bergamo, jornalista
  • Vera Magalhães, jornalista
  • Luiza Alves Bandeira, jornalista
  • Pedro Cesar Batista, jornalista

Os investigados, segundo a corporação, podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

Entenda

A primeira fase da Operação Última Milha foi deflagrada pela PF em outubro do ano passado. À época, a corporação informou que investigava o uso indevido de sistema de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial por servidores da própria Abin.

“De acordo com as investigações, o sistema de geolocalização utilizado pela Abin é um software intrusivo na infraestrutura crítica de telefonia brasileira. A rede de telefonia teria sido invadida reiteradas vezes, com a utilização do serviço adquirido com recursos públicos”, destacou a PF à época.

 

O impacto com informações da Agência Brasil
Imagem: Divulgação/Polícia Federal

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