Pará decreta emergência climática e pleiteia R$ 146 milhões para combater queimadas e suas consequências
Após decretar situação de emergência climática e lançar o Plano Estadual de Ações de Combate à Estiagem, Queimadas e Incêndios Florestais (PAEINF 2024), nesta quinta-feira, 19, o governador do Pará, Helder Barbalho, apresentou ao governo federal, a reivindicação de R$ 146 milhões para financiar o combate às queimadas, estiagem e suas consequências no Estado.
O pleito foi apresentado junto ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante uma reunião no Palácio do Planalto, em Brasília. Na oportunidade, o chefe do Executivo estadual ponderou que os recursos serão utilizados para ampliação do número de bombeiros, brigadistas e recursos utilizados no combate aos focos de queimadas.
Além disso, Helder Barbalho afirmou que o plano de trabalho paraense prevê apoio ao setor produtivo, comunidades isoladas e agricultura familiar. Para o governador, as queimadas desafiam e trazem repercussão na vida das pessoas, além de impactos na saúde, meio ambiente e economia. Também participaram do encontro representantes dos demais Estados que fazem parte do Consórcio Amazônia Legal (CAL), além de Distrito Federal e Goiás.
“No que diz respeito ao nosso plano de trabalho, o Pará solicita R$ 146 milhões para fazer frente às áreas de combate às queimadas, mas também apoio às áreas que estão sofrendo isolamento pela redução dos níveis dos rios e, neste sentido, estamos falando de apoio alimentar com cestas de alimentos, oferta de água e também, apoio para produção que está comprometida”, ressaltou o chefe do Executivo paraense.
“Associando a produção, um pedido de inclusão da Amazônia na estratégia de garantia produtiva, já que inevitavelmente nós teremos comprometimento de produção e, consequentemente, a agricultura familiar não conseguirá fazer resposta aos seus compromissos bancários por conta da redução na expectativa e de receita”, ponderou o governador, destacando que os recursos pleiteados são para o combate às queimadas, mas também para o pós queimadas.
Ainda conforme o governador, foi acordado que serão estabelecidas estratégias conjuntas entre estado e União com maior participação e atuação do governo federal. Helder Barbalho ponderou ainda que os impactos da estiagem e das queimadas estão indo além das consequências imediatas por conta do fogo.
“Estabelecemos o compromisso de trabalhar de forma conjunta nas estratégias do Governo Federal e dos governos estaduais, levando a jurisdição dos seus territórios já que determinados biomas 70% do território são de responsabilidade do governo federal. Sugerimos ao governo federal que possamos construir, junto ao Congresso Nacional, a ampliação dos recursos para reconstrução. Estamos falando de três biomas do país que representam a boa parte de todo o território, Pantanal, Cerrado, Amazônia”, avalia.
Fonte: Agência Pará
Foto: Henrique Raynal