MP está convencido do crime de estelionato: Pastor Luiz Marinho assume ou vai a julgamento

“O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) está convencido de que o pastor Luiz Carlos Marinho, líder da Igreja Presbiteriana Renovada de Santarém, cometeu o crime de estelionato”, informou uma fonte ao O Impacto.

Ainda segundo essa fonte, a conclusão foi apresentada após a finalização do inquérito policial que apontou evidências suficientes para configurar a prática do crime previsto no artigo 171 do Código Penal. O pastor já foi intimado para uma audiência preliminar no início do mês de novembro, onde poderá negociar um Acordo de Não Persecução Penal (ANPP).

O ANPP é uma medida prevista em lei para crimes de menor gravidade, como é o caso do estelionato, desde que o investigado preencha alguns requisitos.

“O pastor Luiz Carlos Marinho, por ser réu primário, ou seja, não ter condenações anteriores, tem a possibilidade de celebrar o acordo, o que poderá evitar o julgamento e as consequências de uma eventual condenação. O ANPP pode incluir medidas como o pagamento de multa ou a prestação de serviços comunitários”.


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Caso o pastor não admita a culpa, o processo penal seguirá seu curso normal e ele poderá ser julgado e condenado. Se condenado, a pena prevista para o crime de estelionato pode chegar a cinco anos de reclusão, além do pagamento de multa.

“Durante o inquérito, o pastor afirmou em depoimento que tem provas e documentos que comprovariam sua inocência. No entanto, ele não apresentou esses documentos nem internamente aos membros da igreja, nem durante as investigações da polícia. A dúvida que fica é: será que o pastor vai assumir a culpa e aceitar o acordo, ou finalmente apresentará essas provas (comprovantes e extratos bancários) ao Ministério Público e ao juiz da 1ª Vara Criminal?”, questiona um denunciante, acrescentando:

“Mesmo com o indiciamento do pastor Luiz Carlos Marinho e a apresentação de provas contundentes sobre sua autoria no crime de estelionato, a direção da Igreja Presbiteriana Renovada do Brasil (IPRB) permanece em silêncio. A liderança nacional, sob o comando do pastor Advanir Ferreira, e o vice-presidente do Presbitério de Santarém, pastor Fábio Reis, que também lidera a IPR de Novo Progresso, não adotaram nenhuma medida concreta em resposta à situação”.

Para o denunciante, chama atenção o fato de que o pastor Marinho continua exercendo suas funções normalmente à frente dos cultos da igreja, realizados às quartas-feiras, às 19h30, e aos domingos, às 19h00, na sede da igreja em Santarém, localizada na Rua Magnólia, 572, no bairro Aeroporto Velho.

“Essa aparente inércia por parte da liderança da IPRB, essa postura, seria uma demonstração de conivência ou proteção aos seus líderes independente das circunstâncias? Estaria a igreja adotando uma cultura de silêncio e encobrimento de delitos? O que está em jogo aqui não é apenas a reputação do pastor, mas a integridade da própria instituição e sua capacidade de lidar com transgressões graves dentro de suas fileiras”, conclui.

O Impacto

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