Vamos combater a fumaça
Por Dr. José Ronaldo Dias Campos*
A cortina de fumaça que assola Santarém, enquanto a chuva não chega, fruto das mudanças climáticas, tende a se repetir na próxima estação, causando danos à saúde e diversos prejuízos, como ocorre atualmente. Sem querer ser pessimista, a situação exige atenção e ação.
Não é novidade, e chega a ser cultural, o uso de queimadas nos campos para preparar o plantio de novas lavouras entre novembro e dezembro, aproveitando o início das chuvas do inverno amazônico. Fato amplamente conhecido!
Além disso, há aqueles que, de forma dolosa, utilizam o fogo para abrir clareiras com fins escusos, como grilagem de terras públicas, expansão territorial ou invasões. Até mesmo na zona urbana, é comum que se ateie fogo ao lixo no próprio quintal, prejudicando toda a vizinhança.
Portanto, enquanto aguardamos que São Pedro envie as necessárias chuvas, que alternativas podemos adotar para mitigar o problema causado pela estiagem? Respondo:
1. Conscientizar a população para não queimar o lixo em seus quintais, evitando o agravamento da fumaça que afeta a vizinhança;
2. Levar essa conscientização aos agricultores e ribeirinhos, orientando-os a evitar essa prática nociva;
3. Promover campanhas educativas amplamente divulgadas pelos meios de comunicação, com recursos do poder público;
4. Mobilizar igrejas e cultos religiosos para difundir a mensagem contra o uso irresponsável do fogo e advertir sobre as sanções legais;
5. Incentivar a sociedade a fiscalizar e denunciar, por meio de canais como um 0800 específico para relatar práticas ilícitas;
6. Ampliar a presença das brigadas de incêndio voluntárias nas comunidades rurais, com treinamento e fornecimento de equipamentos básicos para combate ao fogo;
7. Fomentar o uso de tecnologias agrícolas que substituam o uso do fogo, como técnicas de rotação de culturas, compostagem e adubação verde;
8. Criar incentivos fiscais ou subsídios para agricultores que adotem práticas de manejo sustentável, reduzindo a dependência do fogo;
9. Implantar monitoramento por satélite, identificando rapidamente focos de incêndio e integrando esforços com órgãos de defesa civil e ambientais;
10. Realizar mutirões de plantio de árvores e recuperação de áreas degradadas, engajando a população e reduzindo riscos futuros.
Com tais medidas, unindo educação, fiscalização, tecnologia e incentivo à sustentabilidade, é possível minimizar os danos causados pelas queimadas e melhorar a qualidade de vida da população em Santarém e região.
O Impacto
Dr. José Ronaldo é um amigo querido! Formador de opinião! Parabéns pela matéria!
“Vamos combater a fumaça”. Essa conscientização já é feita dr., mas o ser humano é auto destruidor e egoista! A solução é simples se cada um fizer a sua parte.
A sugestão de Campanhas educativas constantes feitas no meio de comunicação pelos órgãos públicos, bem como, penalizar severamente quem infringir a lei deve ser uma realidade em nossa região , para, quem sabe nos próximos anos, não venhamos sofrer com essa calamidade pública que deixou nossa Santarém tão sombria!
há muito tempo ouço falar sobre as queimadas mas ainda não conseguiram conscientizar os rebeldes irresponsáveis que fazem e ordenam cometer tal ato desumano.
vamos apagar o fogo ? será Dr, esse é meu desejo , é ver o resultado e uma solução, pra essas queimadas, a ideia é boa , agora saber se irão obedecer, esse é o problema tem que ser bem severo a conscientização das queimadas na região, fiquei doente por causa desse fumacê, aqui em casa é Odia inteiro fechado portas e janelas eu usando máscara dentro de casa, e mesmo assim muita tosse a noite quase sem poder dormir, e as autoridades não se mexem pra tomar uma providência e apagar o fogo seja lá onde for.
acredito que consigam uma solução pra isso, o plano citado acima é bom, conscientização e fazer compostagem em lugar da queimada é ótima ideia, até porque a terra ficará muito melhor preparada pro plantio na agricultura em geral, também o lixo urbano como folhas e pau velho da de fazer adubo e compostagem, eu faço desde o ano passado, eu aprendi na internet como fazer adubo orgânico caseiro e adubo das folhas, não comprei mas adubo, eu mesma faço, amontoado num cantinho do quintal reservado… deixando apodrecer, outra solução é, já que lixo é lixo, é dever de todos, cuidar da sua casa enxer sacos e caixas com seu lixo pra coleta levar pro descarte certo, e pronto, casa limpa sem fumaça e sem ratos.
O poder público tem que ter política públicas para levar conhecimento ao produtor que muita das vezes usa do fogo para fazer a sua plantação,por não ter tecnologia avançada para preparar o solo para fazer seu plantio, isso ao longo dos anos se tornou uma prática cultural, a regularização fundiária faz se necessária,só assim consegui saber quem é o infrator, porque vai ter um CPF para aplicar as medidas cabíveis dentro da lei, enquanto isso não acontece vamos continuar vendo acontecer todos os anos.