Em meio a críticas e denúncias, Maduro assume 3º mandato prometendo reforma na Constituição
Nicolás Maduro assumirá, nesta sexta-feira (10) seu terceiro mandato como presidente da Venezuela em meio a críticas de potências ocidentais e países da América Latina, que acusam fraude nas eleições de julho de 2024. Apesar das críticas, governos como os do Brasil, Colômbia e México enviarão representantes diplomáticos à posse, que contará com cerca de 2 mil convidados internacionais.
Maduro, ao assumir, promete uma reforma constitucional visando consolidar um “Estado comunal”, um projeto iniciado por Hugo Chávez. A Reforma Constitucional tem como objetivo definir claramente o modelo de desenvolvimento da Venezuela para os próximos 30 anos e democratizar profundamente a vida política e social do país. É prometida a discussão da reforma na Assembleia Nacional até o final de 2025.
O governo de Maduro enfrenta acusações de repressão que incluem prisões de opositores e acusação do uso de mercenários estrangeiros em tentativas de desestabilizar o país.
A oposição, liderada por María Corina Machado e pelo exilado Edmundo González, acusa Maduro de fraude e autoritarismo e organiza protestos questionando a legitimidade da eleição. Na quinta-feira (9) manifestações ocorreram em várias cidades, incluindo Caracas, e o clima político se intensificou com a falsa notícia da prisão de Machado. Com apoio internacional, exige a anulação da posse.
Por Rodrigo Neves
O Impacto