Explicação da Meta sobre novas regras de conteúdo não tranquiliza o governo

A manifestação da Meta ao governo brasileiro sobre o fim do programa de checagem de informações e de restrições a conteúdo sobre imigração e gênero esclarece, mas não tranquiliza o governo sobre as novas regras, de acordo com fontes da Advocacia Geral da União (AGU).

A resposta da empresa, assinada pelo escritório de advocacia TozziniFreire, chegou quase no fim do prazo das 72 horas estipuladas pela AGU. Era pouco antes da meia noite, quando a manifestação foi protocolada.

Os esclarecimentos foram encaminhados a pedido de uma notificação extrajudicial do governo. Dentro da AGU, um departamento chamado Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia cuida do tema.

O próximo passo é saber no que irá levar a falta de tranquilidade do governo com o assunto.

Nesta terça-feira (14), representantes de quatro pastas se reúnem para analisar os detalhes da resposta e se é caso de entrar com ação judicial.

A resposta da AGU

O ministro da Advocacia Geral da União, Jorge Messias, afirmou nesta terça-feira (14) que analisará de forma “técnica” e “cuidadosa” a resposta da Meta sobre as mudanças no programa de checagem da empresa.

A AGU acionou a empresa de Mark Zuckerberg ainda na sexta-feira (10). A partir das resposta, o governo vai decidir sobre medidas judiciais.

“Vamos tratar de analisar o inteiro teor do documento de forma cuidadosa e a partir de um olhar técnico do que significam as mudanças no dia a dia do funcionamento das plataformas da Meta”, afirmou Messias.

“Importante sabermos qual é o impacto real dessas mudanças na vida dos brasileiros”, complementou.

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