David Lynch, diretor de “Twin Peaks”, morre aos 78 anos

O diretor americano David Lynch morreu, aos 78 anos, nesta quinta-feira (16/1). A notícia do óbito foi anunciada pela família do cineasta, que publicou uma nota oficial em sua página do Facebook. Ele revelou, em agosto de 2024, o diagnóstico de enfisema. Ele fumou quase toda a sua vida.

“É com muito pesar que nós, a família, anunciamos a passagem do homem e do artista, David Lynch. Gostaríamos de pedir alguma privacidade neste momento. Tem um grande buraco em nosso mundo agora que ele não está mais entre nós. Mas, como ele dizia, mantenha o olho no donut, não no buraco da rosquinha… é um dia lindo de sol, com um céu azul de toda forma’”, diz o comunicado.

David Lynch revelou, em 2024, que havia sido diagnosticado com enfisema pulmonar. Pelas redes sociais, ele contou que a doença era consequência dos anos em que fumou.

“Eu parei de fumar há mais de dois anos. Recentemente eu fiz vários exames e a boa notícia é que estou em ótima forma, exceto pelo enfisema. Estou repleto de felicidade, e nunca vou me aposentar. Quero que todos vocês saibam que realmente aprecio a preocupação de vocês”, escreveu nas redes sociais.

Trajetória de David Lynch

David Lynch (1946–2025) foi um dos cineastas mais influentes e enigmáticos da história do cinema. Conhecido por seu estilo surrealista e atmosferas oníricas, ele criou um universo próprio, repleto de simbolismos, mistérios e personagens excêntricos. Seu trabalho transita entre o horror, o drama e o absurdo, explorando os aspectos mais sombrios da psique humana.

Sua estreia no cinema veio com Eraserhead (1977), uma experiência sensorial perturbadora que chamou a atenção da crítica. Nos anos 1980, Lynch consolidou sua reputação com O Homem Elefante (1980), indicado ao Oscar, e Veludo Azul (1986), um thriller psicológico que se tornou um clássico cult. Mas foi com Twin Peaks (1990–1991) que ele revolucionou a televisão, criando uma série inovadora, cheia de mistério e personagens inesquecíveis.

Nos anos seguintes, Lynch aprofundou sua estética única em filmes como Estrada Perdida (1997), Cidade dos Sonhos (2001) e Império dos Sonhos (2006). Seu cinema desafiava convenções narrativas e mergulhava em estados alterados de consciência, tornando-se uma referência para novas gerações de cineastas. Além disso, dedicou-se à pintura, música e à meditação transcendental, que influenciou profundamente sua visão artística.

 

Fonte: Metrópoles
Imagem: Reprodução/Facebook Oficial do Artista

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