Santarém – Agentes de Combate a Endemias reforçam ações para eliminar o transmissor da dengue

Durante o “inverno” amazônico, marcado por chuvas intensas, os Agentes de Combate a Endemias (ACE’s), em Santarém, reforçam suas ações para combater o mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya e zika. As atividades incluem visitas domiciliares, eliminação de criadouros e conscientização da população, todas coordenadas pela Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e do Núcleo Técnico de Vigilância em Saúde (NTVS).

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O coordenador dos ACE’s, Edvan Lopes, explica o fluxo de trabalho.

“Para combater o Aedes aegypti, realizamos visitas domiciliares onde verificamos a presença de focos, eliminamos os criadouros e orientamos a população sobre como preveni-los. Além disso, executamos o LIRAa [Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti] a cada dois meses, o que nos permite identificar e monitorar as áreas de maior risco. Com essas informações, planejamos ações mais estratégicas e eficazes. Atualmente, contamos com uma equipe de mais de 100 agentes que atuam diariamente no combate às endemias em toda a cidade”.

O ACE Waldir Lemos descreve como funciona o ciclo de proliferação do mosquito. “O Aedes aegypti deposita seus ovos na superfície e próximo à água parada, que podem permanecer viáveis por meses, mesmo em locais secos. Com o contato da água, os ovos eclodem, e o ciclo do mosquito – larva, pupa e adulto – pode ser concluído em cerca de 7 a 10 dias. É interessante que o mosquito é inteligente e não coloca os ovos em água suja, coloca onde sabe que se vai encher e depois vai continuar o ciclo”.

Waldir Lemos reforça a importância de práticas preventivas. “A população precisa colaborar para evitar a reprodução do mosquito. É fundamental descartar recipientes que acumulam água, como garrafas e pneus, tampar caixas d’água e tonéis, limpar calhas e manter os quintais organizados. Medidas simples como essas podem fazer toda a diferença no combate à dengue”.

A secretária adjunta de Saúde, Irlaine Figueira, reforça a importância da participação popular. “Cada morador tem um papel indispensável no combate ao Aedes aegypti. Atitudes simples, como manter os ambientes limpos e permitir a entrada dos agentes nas residências, contribuem para evitar surtos e reduzir os casos de doenças”.

Panorama epidemiológico

Santarém tem apresentado variações nos índices de dengue nos últimos anos. Em 2020, foram confirmados 66 casos, subindo para 98 em 2021 e 346 em 2022. Em 2023, houve uma redução significativa, com apenas 23 casos. No entanto, em 2024, o número voltou a crescer, com 217 casos registrados. Até o momento, em 2025, não há casos confirmados.

O secretário de Saúde, Everaldo Martins Filho, ressalta a importância de esforços contínuos.

“Esse cenário reforça a necessidade de ações permanentes no controle do mosquito e de conscientização da população, principalmente, em períodos críticos como o inverno amazônico. O trabalho dos ACE’s é essencial, mas o sucesso no combate à dengue depende diretamente da participação ativa da população”.

O Impacto com informações da Semsa

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