Itaituba – Moradores denunciam obra eleitoreira que serviu para ganhar votos em Barreiras
Moradores do município de Itaituba acionaram a reportagem para denunciar a possível obra eleitoreira do ex-prefeito Valmir Climado. Segundo eles, no final do mês de setembro de 2024, próximo às eleições municipais, a situação política do candidato Nicodemos Aguiar, apoiado pelo então prefeito Valmir Climaco de Aguiar, era péssima na Vila de Barreiras. Primeiramente, devido à ausência do governo municipal, que sempre tratou a comunidade à distância, sem benefícios. Em segundo lugar, pelo conflito gerado em torno da realização do Festival do Aracu.
Para os denunciantes, este último episódio gerou revolta na comunidade, pois o estado teria repassado R$ 500.000,00 para o município bancar o festival.
“Devido à proximidade da coordenação do evento com o então candidato adversário do prefeito, Wesley Tomaz, a situação piorou ainda mais. A verdade é que o Festival do Aracu de 2024 foi prejudicado, e até hoje não se sabe como foram utilizados os R$ 500.000,00 destinados ao evento”, dizem os denunciantes.
Conforme os moradores, esse imbróglio fez com que o candidato a prefeito Nicodemos Aguiar, apoiado pelo então prefeito Valmir, enfrentasse uma grande rejeição na comunidade de Barreiras. No entanto, dias antes das eleições, a situação mudou. O município deslocou vários maquinários da empresa Acari, com a promessa de asfaltar a rua da Orla de Barreiras.
“Além disso, o município realizou a Concorrência Eletrônica nº 006/2024 CE, Processo Administrativo nº 072/2024, com a abertura das propostas marcada para o dia 06/11/2024. O edital foi publicado no Diário Oficial do Estado em 02 de outubro de 2024, e o valor da obra foi orçado em R$ 1.400.427,79. Contudo, não consta no Portal da Transparência a publicação do contrato do município com a empresa vencedora do certame”, afirmam os denunciantes, acrescentando:
“O candidato Nicodemos Aguiar venceu as eleições na Vila de Barreiras. No entanto, o município, por meio da empresa Acari, limitou-se a jogar uma camada de piche em um trecho de aproximadamente 800 metros da rua da Orla. O projeto original previa drenagem, calçadas, meio-fio e sinalização vertical, mas nada disso foi executado. Tudo indica que a obra foi malfeita e não concluída. O piche foi aplicado sobre a piçarra, e com as chuvas, mais de 40% do serviço já foi danificado. Até hoje, não se sabe qual empresa ganhou a concorrência para executar esta obra eleitoreira, embora a empresa Acari tenha sido responsável pela execução do serviço”.
O Impacto