Fordlândia: Potencial turístico, minerário e portuário

Fordlândia, distrito do município de Aveiro, no coração da Amazônia, vive um momento de grandes expectativas. A vila, outrora palco do ambicioso projeto industrial de Henry Ford, que visava a produção de látex para seus automóveis, agora vislumbra um futuro promissor impulsionado pela mineração, logística e turismo.

A pavimentação dos 48 quilômetros da rodovia estadual Transfordlândia, que liga a BR-230 ao distrito, é considerada crucial para o desenvolvimento da região, dado os investimentos privado que estão acontecendo. O deputado estadual Eraldo Pimenta tem liderado uma mobilização junto ao governo do estado para que a obra seja realizada, facilitando o acesso à vila e impulsionando novos investimentos.

Investimento e desenvolvimento

A chegada de empresas do setor minerário, interessadas na exploração de calcário e gipsita(gesso), tem gerado um clima de otimismo entre os moradores. O leilão de ativos minerários realizado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB) em junho de 2024, no qual a empresa Gesso Integral arrematou um depósito de agrominerais com reservas estimadas em 326 milhões de toneladas de gipsita e 588 milhões de toneladas de calcário, é um marco para a região.

Além da Gesso Integral, outras empresas como Gesso Sul e Gesso Tapajós já operam no distrito, e há rumores sobre estudos relacionados à exploração de ouro em profundidade. A perspectiva de investimentos na agricultura, com a possível chegada de produtores de grãos, também anima a população local.

Potencial logístico e turístico

O potencial portuário de Fordlândia é outro fator que impulsiona o desenvolvimento da região. A localização estratégica da vila, às margens do rio Tapajós, a torna uma alternativa viável para o escoamento da produção mineral e agrícola, aliviando o congestionamento de carretas na BR-230, que atualmente afeta o distrito de Miritituba.

A história de Fordlândia, com suas construções e ruínas que remetem ao projeto industrial de Henry Ford, também desperta o interesse turístico. A vila, com seu charme peculiar e paisagens exuberantes, tem potencial para atrair visitantes interessados em conhecer a história da Amazônia e a saga do magnata americano.

A chegada de empresas, o potencial portuário e turístico, e os investimentos em infraestrutura sinalizam um futuro promissor para Fordlândia. A vila, que já foi palco de um projeto industrial ambicioso, agora se prepara para um novo ciclo de desenvolvimento, impulsionado pela riqueza de seus recursos naturais e pela visão de seus moradores.

Construção de ponte ligando Amazonas e Pará

A “Ponte de Safena” é um projeto ambicioso que visa conectar rodoviariamente os estados do Amazonas e do Pará. Propõe a construção de uma estrada de 434 quilômetros de extensão, com três pontes, para interligar os municípios de Itacoatiara, Urucurituba e Maués, no Amazonas, a Aveiro, no Pará. No lado paraense, se inteligaria à rodovia estadual Transfordlândia (PA-114) e posteriormente à BR-230.

O projeto tem custo estimado de mais de R$ 6 bilhões, e a previsão de conclusão de seis anos. Além de facilitar o escoamento de mercadorias, o projeto tem potencial para promover o desenvolvimento econômico e social da região, melhorando a mobilidade das pessoas e ampliando as oportunidades de comércio.

Em 2017, formou-se um consórcio intermunicipal das cidades envolvidas visando mobilizar agentes públicos e privados para viabilizar a construção. No entanto, ainda não há previsão para o projeto sair do papel.

A “Ponte de Safena” é um sonho da população, e caso fosse efetivada representaria uma importante melhoria na infraestrutura da região, reduzindo a dependência do transporte fluvial, que é vulnerável durante a seca. Ao integrar o Amazonas e o Pará, o projeto contribuiria para o desenvolvimento econômico, social e logístico da Amazônia.

 

O Impacto

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