Professores das escolas urbanas da rede municipal participam de formação promovida pela Divisão de Educação Especial da Semed
Com o objetivo de garantir que os alunos com deficiência ou necessidades especiais da rede municipal de ensino de Santarém recebam uma educação de qualidade e inclusiva, cerca de 170 professores do Atendimento Educacional Especializado (AEE) da zona urbana, participaram na manhã de sexta-feira (21) na sede do Sindicato dos Profissionais da Educação de Santarém (Sinprosan), de um Encontro Pedagógico organizado pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) por meio da Divisão de Educação Especial.
Em pauta, temas como “Manejo do Comportamento no Ambiente Escolar”, “Orientações para elaboração de Estudos de Caso, Síntese, PEI e PAEE” e “Adaptação Curricular na Prática” foram tratados.
O Coordenador da Divisão de Educação Especial da Semed, Nonato Sousa, salientou que fazer educação especial requer parceria e trabalho coletivo.
“Nós traçamos uma meta, que é a formação dos profissionais que trabalham no AEE, começamos com os professores da área urbana, no final do mês será com o pessoal do planalto e da região de rios. Depois disso, teremos um encontro com os mediadores. Eu sempre tenho dito que fazer educação especial, essa modalidade, de fato, é muito especial mesmo porque ela depende de uma gama de atores, ou seja, uma parceria, um trabalho coletivo que é feito entre as famílias, o professor do AEE e o pedagogo. Posteriormente, teremos também um encontro com os gestores e com os pedagogos para a gente falar a mesma língua e atender cada vez melhor essa demanda que é sempre crescente”, destacou Nonato.
A rede municipal atende hoje a 2.710 alunos do AEE. Para isso, conta com cerca de 400 professores, além de um grupo de psicólogos que atuam nas escolas.
A formação e a socialização dos professores enfatizam a importância do trabalho em equipe com outros profissionais como terapeutas, psicólogos e pais, permitindo que os professores da Educação Especial estejam atualizados sobre as melhores práticas, tecnologias e pesquisas na área.
A pedagoga e psicopedagoga Bruna Leão Lobo, pós-graduada em Análise do Comportamento Aplicada ao Transtorno do Espectro Autista e com atuação na área clínica com avaliação e intervenção psicopedagógica, palestrou sobre o Manejo do Comportamento no Ambiente Escolar. Ela indicou como aplicar esse comportamento na prática e sobre o diferencial que isso pode causar na vida dos alunos.
“O primeiro passo é a gente conhecer. A ciência da análise do comportamento trata sobre isso e é fundamental que todos os professores conheçam essa ciência porque ela tem evidência científica e ela traz resultados muito significativos na prática e no desenvolvimento dessa criança como um todo. A partir do momento em que eu não desassocio a aprendizagem do comportamento, eu estou promovendo o desenvolvimento dessa criança. Esse momento foi riquíssimo, porque a gente pode trazer exemplos, trazer situações que os professores vivenciam e, a partir da análise do comportamento, plantar essa semente para podermos estudar mais sobre o assunto”, ressaltou.
Adaptação Curricular na Prática, abordado pela Professora Dra. Gilma Rocha, foi outro tema compartilhado com os professores. Para isso, ela utilizou dinâmicas e objetos que podem favorecer, na prática, o aprendizado.
“Adaptação, na prática, é uma forma de fazer uma flexibilização e uma adequação de conteúdo. Quando falamos de adaptação ela pode ser de grande porte, que são as estratégias administrativas utilizadas para poder exercer a nossa função, assim como adaptações de pequeno porte, que são aquelas realizadas na sala de aula, onde o professor vai precisar fazer uma adaptação do conteúdo, das estratégias metodológicas, da sua avaliação, ou seja, reorganizar sua forma de acordo com a especificidade do aluno”.
Professora Gilma Rocha, que é Doutora e Mestra em Educação, Especialista em Educação Especial e Inclusiva e Especialista em Análise do Comportamento e Neuropsicopedagoga lotada na rede municipal na Escola Nossa Senhora de Fátima, destacou que os profissionais da área precisam rever suas práticas, ressignificar-se e conhecer as experiências que deram certo para poder possibilitar um ensino acessível e mais adequado para os alunos.
Ainda houve a palestra “Orientações para elaboração de estudos de caso, Sintese, PEI (Plano Educacional Individualizado) e PAEE (Plano de Atendimento Educacional Especializado), ministrada pela professora Simone Carvalho, destacando que a elaboração de planos de ensino, como o PEI e o PAEE, é fundamental para a promoção de uma educação inclusiva de qualidade.
A formação continua nos dias 26 e 28 de março para professores das regiões de rios e do planalto. Dia 26, na Escola do Parque, para professores das regiões de rios e do planalto. Já no dia 28, será na Escola de Artes, destinado a todos os professores da rede municipal.
Fonte: PMS
Foto: Ronnie Dantas- Ascom Semed