Paysandu busca forças para bater o Operário-PR fora de casa e sair do buraco na Série B
Após três derrotas nas três primeiras partidas da Série B de 2025, o Paysandu se vê em um poço sem fundo, soterrado por críticas, pressão e desconfiança. A luz no fim do túnel, no entanto, pode surgir neste sábado (19), às 16h, quando o Papão enfrenta o Operário-PR, em Ponta Grossa, no Estádio Germano Krüger, pela quarta rodada. Uma vitória diante do Fantasma pode representar o amanhecer de uma noite de trevas vivida pelo Bicola.
A pressão já bateu à porta na madrugada desta sexta-feira (18). Assim que chegou a Curitiba, capital do Paraná, a delegação bicolor foi abordada por torcedores que questionavam a ausência de visitantes na partida deste sábado. A decisão foi tomada em comum acordo pelas diretorias dos clubes.
O que começou como uma conversa simples com os jogadores escalou para críticas pesadas ao desempenho da equipe, à montagem do elenco e ao presidente bicolor, Roger Aguilera. A explosão deixou clara a rotina turbulenta que o Papão tem enfrentado.
O momento do clube é delicado. A equipe amarga quatro partidas sem vitória, sendo três derrotas consecutivas na Série B. Vice-lanterna da competição e ainda sem pontuar, o time precisa de uma reação urgente para aliviar a pressão da torcida e melhorar sua posição na tabela.
Para tornar o desafio diante do Operário-PR ainda mais difícil, o vice-artilheiro da equipe na temporada, o atacante Rossi, está machucado e não deve ser escalado. Resta, portanto, aos demais medalhões da equipe, como Marlon e, principalmente, Nicolas, a responsabilidade de buscar um resultado positivo.
É verdade que o time tem criado chances de gol nas últimas partidas, mas a bola tem “teimado” em não entrar. No último jogo, contra a Chapecoense-SC, o destino foi ainda mais cruel com o Papão: o clube sofreu dois gols ainda no primeiro tempo, expondo falhas graves na construção do elenco.
Por conta disso, o técnico Luizinho Lopes chega ao confronto contra o Operário-PR pressionado. A apuração da reportagem indica que o treinador permanece no cargo, ao menos, até a final da Copa Verde, que será disputada no meio da próxima semana. No entanto, uma nova derrota acachapante pode encerrar sua passagem por Belém mais cedo do que o previsto.
Quem também está na corda bamba é o executivo de futebol do Papão, Felipe Albuquerque. Após a derrota para a Chape, seu cargo foi colocado em xeque, mas, até segunda ordem, ainda é ele o responsável pela gestão do departamento de futebol. Resta saber até quando.
Como vem o Operário?
A fase do Fantasma também não é boa. Na quarta-feira, pela terceira rodada, a equipe perdeu para o Avaí por 1 a 0, na Ressacada, e segue com apenas três pontos, observando de perto a zona de rebaixamento à Série C.
Enquanto no Papão a bola “teima” em não entrar, no Operário ela sequer chega próxima do gol. O Fantasma teve apenas duas finalizações no primeiro tempo contra o Avaí, ambas sem maior dificuldade para o goleiro César. A questão, inclusive, foi tema da entrevista coletiva do técnico alvinegro, Bruno Pivetti.
“Com as trocas, acredito que tivemos um grande volume de jogo. Maior posse de bola e mais objetiva, conseguimos chegar bastante ao último terço do adversário. Agora, nos faltou contundência ofensiva para transformar esse volume em finalizações efetivas”, disse o treinador após a partida contra o Leão da Ilha.
Apesar da má fase na Segundona, o clube, assim como o Paysandu, guarda bons momentos no campeonato estadual. No Paranaense, o Fantasma conquistou o título ao bater o Maringá na decisão, nos pênaltis.
Rostos conhecidos
O elenco do Operário-PR conta com alguns jogadores conhecidos da torcida bicolor: Elias Curzel e Jacy Maranhão. O primeiro é goleiro e defendeu o Papão por algumas temporadas, sem conseguir se firmar como titular. Já o segundo é volante e ficou marcado na memória da torcida pelo gol histórico contra o Botafogo-PB, na campanha do acesso à Série B em 2023.
Fonte: O Liberal
Foto: Ascom Paysandu