Como a pressão da Terra de Direitos e do CIMI adiou a Ferrogrão por 4 anos

Por Fábio Maia

A Ferrogrão era para ser o corredor que levaria desenvolvimento direto para o coração da Amazônia. Uma ferrovia de 933 quilômetros que conectaria Sinop, no Mato Grosso, a Itaituba, no Pará, reduzindo custos de transporte em até 30% e movimentando R$ 100 bilhões em uma década. Mas o que era para ser uma obra transformadora se tornou em mais um projeto engavetado, vítima de uma máquina de judicialização alimentada por milhões de dólares de financiamento internacional.

Tudo começou quando a Terra de Direitos e o CIMI (Conselho Indigenista Missionário) entraram em cena com uma estratégia bem orquestrada. Primeiro, criaram narrativas alarmistas, dizendo que a ferrovia seria um desastre para indígenas e ao meio ambiente, mesmo com todos os estudos de impacto aprovados pelo Ibama. Depois, partiram para o ataque judicial com uma enxurrada de ações em diferentes instâncias, incluindo uma no STF, que paralisou o processo licitatório.

Enquanto isso, nas entrelinhas, acontecia o que poucos veem: essas mesmas ONGs recebiam milhões em financiamento da União Europeia e fundações estrangeiras para “monitorar” o caso. Em 2022, só a Terra de Direitos captou R$ 3 milhões em doações internacionais, enquanto lideranças do CIMI faziam viagens para a Europa para receber prêmios por “defender a Amazônia”.

Os números mostram quem realmente perde com esse jogo. A cada ano de atraso, o custo do frete de grãos aumenta R$ 2 bilhões, segundo a ANTF. Mais de 12 mil empregos diretos deixaram de ser criados só em 2022, e pequenos comerciantes ao longo do traçado planejado viram seus negócios minguarem sem a movimentação econômica que a ferrovia traria.

Enquanto o povo espera por desenvolvimento, os relatórios obtidos via Lei de Acesso à Informação mostram reuniões sigilosas entre essas ONGs e embaixadas europeias, treinamento de lideranças indígenas para protestos midiáticos e um detalhe revelador: muitas das fundações que financiam essas organizações têm ligações com empresas que competem diretamente com o agronegócio brasileiro no mercado internacional.

Quatro anos se passaram, e a Ferrogrão continua no papel. Enquanto nossa soja roda em caminhões velhos que quebram nas estradas esburacadas, os preços dos alimentos sobem com o custo do frete, e as ONGs comemoram mais uma “vitória” contra o progresso da região.

Está na hora de fazermos alguns questionamentos: quem realmente ganha com a Amazônia parada? São as comunidades que continuam na pobreza ou essas organizações que transformaram o atraso em um negócio milionário?

A pergunta que precisa ser feita é: por que tantos recursos não financiam hospitais, escolas ou geração de renda nas comunidades amazônicas, mas sim ações judiciais contra empresas brasileiras?

(Fontes consultadas: documentos do MPF, TCU, relatórios financeiros de ONGs e dados da ANTF – direito de resposta está aberto às entidades mencionadas)

Um comentário em “Como a pressão da Terra de Direitos e do CIMI adiou a Ferrogrão por 4 anos

  • 7 de maio de 2025 em 20:41
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    papo furado, ferrovia que vai cruzar e afetar várias unidades de conservação, pra um produto que nem alimentar seres humanos, com um número irrisório de empregos, se 12 mil empregos num universo de milhões de habitantes fosse mudar a perspectiva econômica da região.

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