Quatro vias de grande fluxo terão radares eletrônicos ativados em Santarém
A partir de segunda-feira (12), os radares de fiscalização eletrônica de velocidade serão ativados em quatro trechos de vias com grande fluxo de veículos em Santarém. A medida tem o objetivo de controlar a velocidade na área urbana para prevenir acidentes e garantir segurança no trânsito.
Conforme informou a Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito (SMT), o limite de velocidade em todos os trechos fiscalizados será de 40 km/h.
As vias onde serão ativados os equipamentos eletrônicos já estão sinalizadas. Saiba quais:
- Avenida Bartolomeu de Gusmão, entre a Travessa Moraes Sarmento e a Travessa Sete de Setembro;
- Avenida Anysio Chaves, entre a Avenida Bugavile e a Travessa Papoula;
- Avenida Dom Frederico Costa, entre a Rua Sol Nascente e a Rua da Amizade;
- Avenida Moaçara, entre a Travessa Caranã e a Travessa Eurico Dutra.
O secretário municipal de Mobilidade e Trânsito, Marcelino Xavier, destacou que o retorno dos radares integra uma parte importante do planejamento técnico que visa garantir mais segurança nas vias.
“Essa é uma medida que busca salvar vidas. Os equipamentos estão instalados em locais estratégicos, definidos por critérios técnicos. A Prefeitura de Santarém está comprometida com a segurança no trânsito, e a fiscalização eletrônica é uma ferramenta eficaz para promover um comportamento mais responsável por parte dos condutores”, afirmou.
Radares reduzem acidentes
A SMT enfatiza também que a efetividade desse tipo de fiscalização é respaldada por diversos estudos nacionais e internacionais. Em Minas Gerais, por exemplo, trechos de rodovias estaduais com radares registraram uma redução de 77% nos acidentes entre 2011 e 2022.
Segundo o Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DER-MG). Em Palmas (TO), após a implantação da fiscalização eletrônica, houve uma queda de 94% nas mortes na rodovia TO-050.
Estudos do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) mostram que a fiscalização eletrônica pode reduzir em 30% os acidentes e em até 60% as mortes no trânsito. Cada equipamento instalado evita, em média, 3 mortes e 34 acidentes por ano. Esses dados evidenciam que a presença dos radares não apenas coíbe excessos de velocidade, como também salva vidas.
João Betcel, chefe da Divisão de Educação para o Trânsito da SMT, frisou que o trabalho de conscientização também é fundamental nesse processo. “A ativação dos radares não é apenas uma questão de punição, mas de educação. Vamos reforçar campanhas orientativas nas escolas, nas vias e nas redes sociais, para lembrar os motoristas de que dirigir com responsabilidade é um ato de cuidado com o próximo”.
Locais definidos foram analisados
Para definir os locais onde os equipamentos foram instalados foi necessário estudos técnicos e análises de engenharia de tráfego. De acordo com Marcos Williams, assessor técnico da Divisão de Engenharia da SMT, a escolha dos pontos levou em conta fatores como volume de tráfego e comportamento dos condutores.
“São trechos com alto fluxo de veículos e onde o desrespeito ao limite de velocidade é recorrente. O radar atua como um inibidor, tornando o trânsito mais ordenado e seguro”, explicou.
Efeitos positivos
Os efeitos positivos da fiscalização eletrônica são comprovados por estudos acadêmicos. Os exemplos estão espalhados por vários estados do Brasil, por exemplo, um levantamento realizado em Porto Alegre (RS), com dados de 2000 a 2014, apontou redução significativa no número de mortes e na gravidade dos acidentes após a instalação de radares. Em Curitiba (PR), outro estudo registrou redução de até 21% na velocidade média de motoristas nas proximidades dos equipamentos.
A SMT reforça também que os condutores devem observar a sinalização vertical e horizontal, que indica o limite máximo de 40 km/h nos trechos com fiscalização. A infração por excesso de velocidade é considerada gravíssima, grave ou média, a depender do percentual acima do limite, podendo gerar multa e pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
O Impacto