Limite de repasses mensais gera insatisfação em universidades federais

Universidades federais de todo o país demonstram insatisfação com um decreto editado esta semana pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que afetou o repasse mensal de verba para as instituições.

Antes, os cofres públicos repassavam mensalmente dinheiro às universidades. Agora, o montante chegará em três momentos, sendo dois deles no fim do ano, nos meses de novembro e dezembro.

A maioria das instituições argumenta que, dessa forma, ficará impossível pagar contas mensais como água, luz, bolsas estudantis e restaurantes universitários.

Em nota, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) – que reúne as 69 universidades federais brasileiras – afirmou que “limitar a execução mensal e liberar parte do orçamento somente em dezembro inviabiliza a continuidade das atividades” estudantis.

“Reconhecemos que o Ministério da Educação (MEC) tem mantido uma postura de diálogo aberto com as universidades e demonstrado sensibilidade às pautas da educação superior. No entanto, a situação é agravada pelo fato de as universidades federais enfrentarem, há anos, sérias dificuldades orçamentárias e os cortes acumulados ao longo de vários anos continuam produzindo efeitos significativos”, completou a Andifes.

Procurada, a Universidade de Brasília (UnB) informou à CNN que ainda “está analisando todos os cenários e possíveis impactos decorrentes do decreto”.

Já a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) disse que “a execução orçamentária das universidades federais está se tornando insustentável”.

Procurado, o MEC voltou a responsabilizar os governos anteriores.

“A necessidade de manutenção de infraestrutura das universidades federais não é um desafio atual e decorre da política implementada nos últimos anos, desde 2016 a 2022, que reduziu drasticamente os valores para manutenção e investimentos nas instituições federais de ensino superior.”

 

Fonte: CNN

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