As cores do Natal
Em noventa e nove por cento dos lugares do universo, no período que antecede o Natal, as decorações das lojas, ruas e demais logradouros públicos e entram nos lares, utilizam as cores oficiais da época; verde e vermelho: mas em Santarém, o poder público municipal, num gesto único no mundo, resolveu mudar. (Todo governo se diz de mudança, de diálogo, de transparência, notaram?), neste caso, aboliu essas duas cores maravilhosas, que são marcas registradas das festas do nascimento de Cristo.
Decoraram as os nossos logradouros públicos e alguns cruzamentos estratégicos, como o da Mendonça com a José Agostinho, (que impedem a visão dos motoristas, naquela rotatória). Encobriram a estátua do escravo, feita por Laurimar Leal, na Praça da Liberdade e ocuparam o lugar de onde se construía a casa do Papel Noel, na praça de São Sebastião ao lado do museu. Deve ter ocorrido o mesmo nos demais lugares da cidade, por onde foram erguidos esses monstrengos, dizem que fizeram quarenta dessas “obras de arte” que denominaram-nas de ÁRVORE DE NATAL.
Feitas com material dito reciclados. Trata-se de uma árvore sustentável, dizem outros. Até aí tudo bem, se não fosse duas graves aberrações, a primeira a de excluírem as duas cores principais do Natal: o verde escuro e o vermelho. E a segunda, a falta da luz e do brilho natalinos.
Talvez, esse grupo que está aí, não tenha conhecimento que o VERMELHO representa a cor mais quente, ativa e estimulante, força de vontade, ajuda a combater o stress e a falta de energia, fogo, virilidade e está incluída no Natal por ser a cor do encontro e da aproximação. O verde escuro está associado a tudo que é viril. Simboliza a grandeza e no Natal nasceu o Rei dos reis, Jesus.
O dourado simboliza o ouro, a riqueza, o majestoso, a nobreza, opulência, luz e prosperidade. O Natal, como nascimento de Jesus tem todos esses significados espirituais.
E agora sim, descobri! O porquê do prateado que usaram nas ditas árvores de Natal Este simboliza a novidade. O que é moderno, as novas tecnologias e a inovação. Daí porque incluíram-na em suas árvores de Natal. Pois, Jesus trouxe a novidade e a inovação ao Reino dos homens.
Creio que na terra de grandes pintores, decoradores e artistas plásticos como: João Fona, Dica Frazão, a família Camargo, Wilde Abenathar, Apolinário, Mangueira, Nenê, Renato Sussuarana, Laurimar Leal, Elias do Rosário, Navarro, Orlando Paiva, entre outros, além dos membros da Associação dos Artesões e Artistas Plásticos de Santarém, só terem produzido esse esculacho que algum bloqueiro já chamou de “SUSTENTALIXOCIDADE”.
Depois do desastre do Carnaval, onde colocaram o samba em segundo lugar. O Saíre com Axé e a bagunça do show. O folclore, com os grupos artísticos sendo abandonados, a praça. Veio a inovação, árvore de Natal de pneu (o amigo número 1 da dengue e Santarém é o “polo positions” no Pará, nesta epidemia). Será que alguns desses artistas citados e de grandes e brilhantes trabalhos foram consultados para contribuírem com esses criadores desses monstrengos que espalharam pela cidade?.
E, ainda, teve gente que achou bonito, lindo, maravilhoso, talvez porque não tenham visto nem as árvores de Ananindeua, nacionalmente conhecidas, feitas com Petes, mas em multicores natalinas. Não vou nem falar da árvore da Lagoa Rodrigo de Freitas, na Cidade Maravilhosa, nas de Belém ou de Manaus. Numa enquete a que assisti, só falou gente do governo, então está justificada “a bela criação artística”. A visão e a mentalidade estão direcionadas, modelada e curta. Com isso, sei que não teremos mais a árvore na ilha de frente da cidade. É para economizar.
Nesta época a cidade que ganhava brilho e o esplendor do Natal. Neste primeiro Natal do governo da economia, do enxugamento das despesas, da transparência, esta é uma oportunidade para demonstração do que virá nos próximos anos. Neste ano o Natal ficou menos colorido, pálido, descarado, branquelo. E olhem para aqueles que pensavam assim, pois saibam que o vermelho do Natal não é por ser a cor do PT. É, também, do Benfica de Portugal, e de um dos equipamentos da seleção inglesa, cor da Coca Cola que por sinal foi esta que resolveu vestir o Papel Noel com esta cor, porque a roupa do Papai Noel, era verde. E verde junto com o vermelho e branco são as cores do Fluminense. Os autores do projeto, talvez, tenham pensado na humildade da manjedoura de Jesus, ou gostem de outro time. Daí trocarem a palha, pelo pneu. Que a primeira chuva caída, na Cidade, ontem, já provou que eles irão acumular água e servir mais, ainda, como hospedeiro do mosquito da dengue. Com a palavra a Equipe da Saúde, da Vigilância Sanitária. Quem sabe nesse Congresso Municipal de Saúde, que ora se realiza em Santarém. Há! Esqueci. Elas são do governo de plantão, por esses quatro anos, espero. E ainda faltam três. Ao dizer que não. Ufa! Um bom e feliz Círio para todos!
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Hoje, antes de se concentrar para o Círio vá ao Fluminense, com o melhor baile de Saudade, com a Banda Stilus, Caetano, Delson e a cantora Diane Freire.
Por: Eduardo Fonseca – (edutupaiu@bol.com.br)