Zampietro: “Data do festival do Saíré tem que ser mudada”

O empresário do ramo hoteleiro, José Carlos Zampietro, em entrevista exclusiva à nossa reportagem, abordou os principais problemas e soluções para que o turismo em Santarém e em todo Pólo Tapajós possa se desenvolver. Ele afirma que, com o intuito de alavancar o turismo na região, foi criada em dezembro do ano passado, a Associação dos Empreendedores de Turismo de Alter do Chão (AETA), naquela vila balneária. A AETA tem como objetivo dar suporte a todos os empreendedores turísticos na região. Zampietro revela que em relação ao turismo em Alter do Chão, hoje, o principal problema está relacionado ao acerto da data definitiva para a realização do Festival do Sairé. Ele expôs, ainda, outros problemas que travam o desenvolvimento do turismo em Santarém. Veja a entrevista:

Jornal O Impacto: O que levou os empresários do ramo turístico a criar a AETA?

José Carlos Zampietro: Foi criada a ASSOCIAÇÃO DOS EMPREENDEDORES DE TURISMO DE ALTER DO CHÃO (AETA), no dia 20/12/2013, entidade sem fins lucrativos, e constituída para fins de coordenação e representação legal de seus associados junto às autoridades Legislativas, Executiva, Judiciárias, Administrativas e Entidades Privadas, tendo como princípios básicos a Liberdade e Autonomia.

Jornal o impacto: Quem faz parte da AETA?

José Carlos Zampietro: Iniciaram como sócios fundadores: Beloalter Hotel, Águalinda Hotel, Hotel Borari, Hotel Mirante da Ilha, Pousada do Mingote, Pousada Chalés das Praias, Pousada Arara, Hotel Pousada do Tapajós, Cuicuera Ecotur Receptivo, Restaurantes Casa do Saulo, Pousada Sombra do Cajueiro, Restaurante Tribal, Restaurante Parada Obrigatória, Lanche X Bom, Mercantil Mingote, Restaurante Arco Íris e, Pousada ABCDE. Outros participantes já aderiram à nova Associação.

Jornal O Impacto: A AETA é restrita somente para meios de hospedagem?

José Carlos Zampietro: Em absoluto! A Associação foi criada para dar suporte a todos os empreendedores turísticos, que exploram, no bom sentido, o turismo em Alter do Chao – desde a vendedora de tacacá e docinhos da praça aos hotéis, pousadas, restaurantes e receptivos que acolhem os turistas.

Jornal O impacto: E qual é a maior preocupação da entidade no momento?

José Carlos Zampietro: Temos várias, e todas de suma importância para a sobrevivência turística da Vila. Em primeiro lugar temos que acertar a data definitiva para a Festa do Sairé. A AETA acredita que a melhor data para o evento seja na terceira semana do mês de setembro.

Jornal o Impacto: Por que na terceira semana? Se antes era na segunda semana?

José Carlos Zampietro: Por várias razões. Primeira, que o dia 07 de setembro sempre traz muitos turistas para a Vila e todos os empreendedores têm a ganhar com um fim de semana prolongado. Caso você tenha o Sairé iniciando na segunda semana, ou seja, três dias após 07 de setembro, você junta os dois eventos em uma só semana, e isso causa prejuízo para todos. Você, empreendedor, gostaria de ter sua casa lotada ou sua barraca cheia por uma semana ou por duas semanas?

Jornal O impacto: E o que impede de ser definida a Festa do Sairé na terceira semana de setembro?

José Carlos Zampietro: Depende apenas de bom censo das pessoas e entidades envolvidas no assunto. Estamos buscando uma reunião com a Administração da Vila, com o Conselho Comunitário, Presidência dos Botos e demais entidades envolvidas e com o Prefeito Alexandre Von para definirmos de uma vez a data e, solicitarmos que seja enviada uma mensagem à Câmara de Vereadores para a ela ser votada.

Jornal o impacto: E as outras preocupações, quais são?

José Carlos Zampietro: Todos sabem das dificuldades e problemas pelos quais a Vila passa: problemas com o recolhimento do lixo, esgoto ligado nos coletores de águas pluviais, banheiros públicos, circulação de veículos na Praça da Matriz, assoreamento da Ilha do Amor, pavimentação de algumas travessas do centro, entre outros. Estamos em contato com as autoridades competentes a fim de encontrarmos solução para cada um dos pontos falhos da Vila de Alter e ajudarmos no que for de nossa competência.

Jornal o impacto: E o que está sendo feito, na opinião da AETA, para a melhoria desses serviços?

José Carlos Zampietro: Temos que entender as dificuldades encontradas pela Administração do professor Mauro, pois não é fácil limpar a cidade sem equipamentos adequados. Falo em cidade porque onde moram quase 10.000 pessoas, considerando os padrões amazônicos, já é uma cidade. Nos fins de semana, quando a população duplica e a sujeira triplica, tudo se complica, e mais ainda quando recebemos, como têm acontecido recentemente, pessoas bastantes críticas, formadores de opinião que vêem aqui com a expectativa de encontrar um lugar que impere a limpeza e a conservação ambiental e, se deparam com a falta de banheiros na ilha, lixo, ausência de saneamento e viroses, doenças de pele. O prefeito Alexandre Von já nos informou que medidas urgentes foram tomadas para ajudar nessa limpeza.

Jornal o Impacto: O que o prefeito Alexandre Von tem feito por Alter do Chão?

José Carlos Zampietro: Ele (Alexandre) informou que está aguardando de notícias sobre a aprovação de um projeto para sanar de vez os problemas do esgotamento de Alter do Chão. Isso já seria uma vitória da comunidade.

Fonte: RG 15/O Impacto