Procuradoria abre investigação para apurar denúncia que envolve Fazenda
A Procuradoria da República no Distrito Federal abriu nesta quinta-feira (29) inquérito civil público para investigar denúncias publicada na revista “Época” no final do ano passado de que assessores do ministro da Fazenda, Guido Mantega, teriam desviado recursos de contrato de assessoria de imprensa.
De acordo com a assessoria da PR-DF, investigações preliminares começaram há seis meses e a abertura do inquérito se deu porque o procurador responsável entendeu que era preciso “aprofundar” as apurações.
De acordo com a reportagem da “Época”, publicada em novembro de 2013, o Ministério da Fazenda teria firmado um contrato superfaturado com a Partnersnet. A empresa, por sua vez, teria feito uma série de pagamentos em dinheiro a dois servidores do ministério, por intermédio de uma secretária da companhia, Anne Paiva, ainda segundo a revista.
À “Época”, o diretor financeiro da Partnersnet, Vivaldo Ramos, negou o pagamento de propina e afirmou que o dinheiro se referia a “outras despesas”. Dino Sávio, sócio da empresa, afirmou que o dinheiro tinha como destino o pagamento de despesas administrativas.
Na época, os dois servidores citados pela reportagem, Marcelo Fiche e Humberto Alencar, negaram as acusações e se afastaram das funções “para se defenderem”. Fiche, chefe de gabinete do ministro da Fazenda, informou por meio de nota que entrará com ação por danos morais contra a revista e Anne Paiva.
“Nunca recebi nada dessa senhora, nem dentro nem fora do meu gabinete (…) Espero que as autoridades competentes elucidem o mais rápido possível as inverdades e incoerências que constam da reportagem”, diz Fiche.
O chefe da Assessoria Técnica e Administrativa do Ministro da Fazenda, Humberto Alencar, manifestou por meio de nota “indignação com a acusação leviana”.
“Digo, com todas as letras, não recebi nenhuma vantagem, de qualquer natureza, da empresa Partnersnet (…) Não recebi qualquer telefonema, ou tive qualquer conversa, com alguém da empresa Partnersnet, ou quem quer que seja, para que deixasse de fiscalizar a execução do contrato adequadamente, no melhor interesse do ministério”, declarou Alencar, informando que também pretende tomar medidas judiciais contra Anne Paiva e contra a revista “Época”.
Fonte: G1