MILTON CORRÊA
NÓS TEMOS A IDADE QUE TEMOS E MAIS NOVE MESES
A vida começa a partir do momento em que duas células de sexos opostos encontram-se: o esperma (gameta masculino) e o óvulo (gameta feminino). Aí começa o inicio de uma história de vida, que durante os noves meses iniciais parece oculta, que pode ou não, ser bem acolhida no seio materno. E se imaginarmos como foi o inicio da nossa vida uterina, diríamos que fomos um ser feliz, ou talvez não. É interessante fazermos questionamentos: Será que fomos um embrião bem feito? Um feto bem aceito? O calor do ventre materno é um mundo diferente, desconhecido para nós, porque quando por lá passamos, éramos embrião, feto, prontos para nascermos aos nove meses. Por isso, nós temos a idade que temos e mais nove meses! Com isso, somos mais idosos do que pensamos ou parecemos ser. Não importa se somos filhos de uma mãe solteira ou casada, letrada, analfabeta, rica ou pobre. Somos gerados a partir de um relacionamento ingênuo ou maduro, acostumados demais por nove meses sem ver a cor do mundo lá fora!
Como é a vida, começa do nada e no nada termina. Embrião, feto, criança, adolescência, juventude, adulto, maior de idade e às vezes morremos antes mesmo da velhice. Em meio a essa trajetória de vida, temos muito que aprender. Imagine que já começamos ignorando a nossa própria idade, que se assoma a mais nove meses e nem nos lembramos disso. E se no ventre de nossa mãe, fosse possível pensarmos nas dificuldades que possivelmente iríamos enfrentar no mundo lá fora, teríamos coragem de nascer? É bom lembrarmos que são muitos os seres humanos, que começam a sofrer a partir do feto, por serem gerados em mães desnutridas, cheias de complicações femininas, inseguras por não encontrarem apoio para oferecer ao seu filho ainda feto. Algumas sem a fortaleza do espírito abortam e deixam que o tempo se encarregue de esquecer. A mim não cabe condenar ninguém, só estou tentando fazer você se identificar com uma realidade, que começa antes do momento em que se imagina.
Agora olhemos para dentro de nós e nos questionamos: Aonde é que estamos enquadrados. Eu já conversei com minha mãe, para saber como foram os meus nove meses iniciais de vida? A marca dos nove meses, de muito irá contribuir para uma vida futura digna ou não, vai depender e muito, das circunstâncias em que fomos geados e aceitos durante os primeiros momentos da maternidade. É preciso ver a vida a partir de um princípio: Eu sou o que aprendi a ser! Uma criança é como uma planta. É necessário não apenas que se plante, mas que mereça cuidados especiais, como carinho, amor, apoio moral, bons tratos e tudo o mais que se faz importante para a construção de uma personalidade segura, capaz de discernir o que é bom e o que é ruim. Depois de embrião, feto, nascimento, é preciso ser gente decente, o que não significa se ter apenas características humanas, é necessário identificar-se inteiramente como gente, cristão de verdade, mostrando isso na face, sem máscara, repartindo, comungando com os outros carentes dessa dádiva de Deus que é a solidariedade. Somos ricos de virtudes, mas nem sempre nos descobrimos que somos capazes e temos muito a dar.
O que falta para muitos de nós seres humanos é entendermos e aceitarmos que somos a criação de Nosso Deus e tivemos em nossos pais o instrumento dessa criação, acreditando que as suas mãos não foram feitas para nos maltratar, mas para nos acolher, amparar, acariciar. Vida, que começa nove meses antes do nosso nascimento e que termina quando menos se espera, no tempo que trai a existência humana, para que uma nova vida possa começar na eternidade.
“Quem muito fala pouco pensa”
O Artigo 220 da Constituição Federal garante-nos como cidadãos brasileiros, o direito de expressão e conclui que: “é vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística”. Com isso, a convivência social nos permite dizer o que pensamos, concordando ou contestando ideias. Porém, é importante observar-se que, como em tudo, na liberdade de expressão também há limites, uma vez que, nem tudo o que penso posso falar. Ou seja, a liberdade de expressão, tem que ser de forma responsável e respeitosa à dignidade do outro, de uma instituição publica e também da empresa privada. Caso esses limites sejam ultrapassados e sejam constatadas expressões caluniosas e difamatórias, o autor da expressão pode responder criminalmente perante a justiça. A conversação é livre e isso implica em liberdade de expressão. Mas quando se trata de fatos que envolvem o nosso semelhante e não se sabe a verdade sobre eles e muito menos se tem como prová-las, ai é melhor ficar calado.
Porque já diz um dito popular: “Quem muito fala pouco pensa”
UNIÃO ESTÁVEL A SEMELHANÇA DA FAMÍLIA LEGALMENTE CONSTITUÍDA
A união de um homem e uma mulher, sem o formalismo do casamento é fato inegável e cada vez mais comum em todo o mundo. A definição de união estável exige que o casal tenha a intenção de constituir família, assim como os casamentos, são relação de afeto e, apesar de se basearem no amor, tem também características patrimoniais. Por ser um fenômeno de preservação e perpetuação da espécie humana, com características de permanência, criação de prole, formação de patrimônio, não há como não assemelhar-se á situação da família regularmente constituída, dando-lhe seus múltiplos deveres e direitos. A Constituição Federal de 1988 inovou em seu artigo 226, estendendo a proteção do Estado á união estável entre homem e mulher, considerada como entidade familiar. A intenção do legislador foi proteger a vivência de homem e mulher. Apesar de tentativas para regulamentar este tipo de relacionamento, não há no Direito Brasileiro, um instituto que regule completamente a união estável. Deixando lacunas nas leis sobre o assunto. Essa união possui vários reflexos no campo jurídico e deve ser encarada com muita seriedade, pois dela faz nascer uma família, sendo refúgio de proteção, segurança, realização pessoal e integração na sociedade, merecendo respeito e reconhecimento jurídico legal.
TEORICAMENTE AS CÂMERAS DE MONITORAMENTO NÃO DÃO PROTEÇÃO
Com a evolução da sociedade, o crime também evoluiu e com isso, há necessidade das pessoas se protegerem e da policia em combater a criminalidade. Alguns segmentos da sociedade optaram por instalações de câmeras de monitoramento em seus ambientes. Sem dúvida é uma ferramenta eficaz para a garantia das pessoas e patrimônio. Uma medida preventiva, para minimizar a ação de maus feitores. Seu uso, já ajudou a identificar e resolver muitos crimes. Pois, só a presença das câmeras, já inibe os criminosos. A utilização de videovigilância, desde que respeite a legalidade, tem se tornado um potente meio de proteção e segurança de pessoas e bens. As câmaras de monitoramento tornaram-se forte instrumento aliado da policia, que através das imagens tem tido condições de identificar crimes e criminosos. Porém, é bom lembrar que em nome da segurança, as câmeras de monitoramento, afetam a nossa privacidade, tirando a liberdade de muitos, que nem sempre podem viver da forma como gostariam. Mas como segurança é a percepção de se estar protegido de riscos e perigos, as câmeras mesmo não garantindo essa segurança, teoricamente nos dão proteção.