Morador denuncia extermínio de cães no CCZ
O autônomo Juarez José Ferreira, morador do bairro da Prainha, em Santarém, Oeste do Pará, denuncia erro cometido por funcionários do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), localizado na Avenida Moaçara, no bairro do Aeroporto Velho. Ele desconfia que sua cadela tenha sido sacrificada pelos funcionários do CCZ, sem apresentar nenhum tipo de doença.
O autônomo afirma que havia levado a cadela ao veterinário há poucos dias, juntamente com mais quatro cachorros que existem em sua residência e, que nenhum apresentou doença canina. “Minha cadela foi sacrificada e, eu quero uma explicação convincente por parte da direção do CCZ”, diz Juarez Ferreira.
Ele conta que decidiu doar a cadela e, que por isso pediu na semana passada que os funcionários do CCZ fossem até sua casa para recolher o animal. “Então, eles pegaram a cadela de manhã e quando foi à noite, eles ligaram pra minha residência informando que tinham sacrificado a cachorra, porque ela estava doente. Eles falaram que realizaram exame e constataram que a cadela estava doente, mas não falaram o que ela tinha”, assevera Juarez.
Segundo Juarez, não aceitando a desculpa dos funcionários, procurou a veterinária responsável pelos animais doados, a qual lhe informou que desconhecia o fato e, que ia procurar saber o que tinha acontecido. Ela também disse que ia entrar em contato com os funcionários dos períodos da manhã e da tarde.
“O pessoal que foi na minha residência é do turno dela, que é pela parte da manhã. Eu pedi que mostrassem o exame que foi feito na cadela, mas não me mostraram nada. Eles falaram que somente o pessoal da tarde sabia, mas eu os procurei também e não me informaram nada. Eu quero uma resposta porque tenho quatro cachorros. Então, se uma estava doente, é muito provável que os outros estejam acometidos também!”, exclama Juarez Ferreira.
Para ele, os funcionários do CCZ mataram a cadela, mesmo sem ela apresentar nenhum tipo de doença. “Eles não me comunicaram nada. Minha cachorra no dia que chegou ao CCZ foi morta. Em um curto espaço de tempo, eles disseram que fizeram o exame, deu positivo, mas não falaram a doença e mataram a cachorra”, reforça Juarez, acrescentando que há pouco tempo tinha levado seus cachorros ao veterinário e nenhum deles apresentou doença.
“Eles mataram a cachorra que estava totalmente saudável e eu quero uma explicação pra isso por parte da direção do CCZ”, declara.
REFORMA: Em junho deste ano, o prédio do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), em Santarém passou por uma reforma que obrigou a suspensão da captura de cães. Obras no canil e laboratórios foram realizadas, assim como novas máquinas foram implantadas. Microscópios mais modernos para os exames de calazar, dengue e leptospirose também foram implantados no CCZ. O auditório foi reformado para continuar atendendo várias secretarias municipais com cursos de qualificação profissional e eventos de interesse da saúde pública. Porém, o canil não podia passar por reforma completa por causa das pessoas trabalhando e animais sendo sacrificados no local.
“Aqui é um centro de controle de doenças. Não se trata de animal, não se faz soro, não se aplica remédio, não se cura animais. Aqui é uma passagem. Esses animais, após 72 horas, são avaliados e aqueles que têm um padrão racial mais ou menos são testados para o calazar, vacinados contra a raiva e colocados para adoção. Os outros, infelizmente, não têm como ficar aqui para o resto da vida com eles dando ração. Eles têm que ser eutanasiados”, informou na época, o coordenador do CCZ, João Alberto Coelho.
Por: Manoel Cardoso