Rainha das Rainhas muda vidas
Tradição no carnaval paraense há mais de 60 anos, o Rainha das Rainhas do Carnaval teve a primeira edição – já com premiações atraentes – no final da década de 40, quando dois irmãos da família Maranhão, a quem pertencia o jornal “Folha do Norte”, se reuniram com o jornalista Ossian Brito para criar o concurso.
O Rainhas das Rainhas ocorreu pela primeira vez em 1947 e já foi um sucesso. O concurso, que reunia as mais belas moças da sociedade paraense, teve como palco a sede do antigo Clube dos Aliados e contou com figuras de grande projeção política em Belém. Dezenove anos após a realização da 1ª edição, o jornalista Romulo Maiorana – que presidia o Grupo Liberal – comprou o jornal Folha do Norte e, levou com ele a ideia. Em 1976, Romulo fundou a TV Liberal, afiliada da Rede Globo, e o Rainha das Rainhas passou a ser transmitido pela televisão.
O concurso passou a ocorrer no Iate Clube do Pará, em 1984. Como o local tinha um amplo espaço foi possível a realização de desfiles mais sofisticados. As fantasias aumentaram de tamanho, o público passou a assistir mais de perto os desfiles e as lanchas dos associados, que ficavam ancoradas em boxes, serviram de camarim para as candidatas. Até 1984, o prêmio para a primeira colocada era uma viagem para a Europa. Já no ano seguinte, as novas Rainhas eram contempladas com um automóvel zero quilômetro.
Foi em 1991 que a votação do corpo de jurados passou a ser eletrônica. Desde então as candidatas são julgadas em três quesitos: fantasia, beleza e desembaraço. Em 1996 o concurso completou 50 anos e o jornalista Ossian Brito anunciou seu afastamento. Foi então que o também jornalista, Adenirson Lage assumiu a coordenação do evento, em conjunto com a professora de dança Clara Pinto.
No ano 2000, foi decidido ser obrigatório dimensões limites para o tamanho das fantasias. No mesmo ano, o concurso mudou novamente de local e passou a acontecer no salão de festas da sede campestre da Assembleia Paraense.
Paula Diocesano, vencedora do Rainha das Rainhas em 2005, garante que o concurso mudou a sua vida. Na época com 17 anos, a candidata ensaiou apenas onze dias antes do concurso. “Havia candidatas que estavam ensaiando há três meses, enquanto que eu tive pouco tempo de preparação. O resultado foi uma ótima surpresa para mim, jamais esquecerei essa emoção”, relembrou.
Do ORM