Receita Federal apreende Ecstasy no aeroporto de Belém
Fiscais da Receita Federal de plantão no Aeroporto de Belém conseguiram, no início da madrugada de sábado (19), desviar um voo que tinha como escala Cruzeiro do Sul, Rio Branco, Porto Velho e Manaus. A ação que tinha o objetivo de encontrar “ecstasy” entre as bagagens dos passageiros só foi possível após vários telefonemas dados ao plantão.
Iranilson Brasil, auditor da equipe de plantão da Receita Federal desconfiou dos telefonemas e o voo 1938 teve seu destino desviado para uma revista completa. ”Fizemos todo o procedimento de rotina na bagagem dos passageiros e nada foi encontrado, mas, ao revistarmos dois dos banheiros femininos, encontramos quatro pacotes que, pesados, somaram sete quilos da droga” disse Iranilson.
O “ecstasy”, possivelmente escondido no corpo das chamadas “mulas” (pessoas contratadas para transportar droga), foi deixada no banheiro feminino, o que leva a Receita Federal a suspeitar que fossem mulheres e que somente as filmagens do Aeroporto Internacional de Belém poderia identificá-las.
VALOR EXORBITANTE
Segundo Iranilson Brasil, a droga, avaliada em mais de R$800 mil, deve ter sido encomendada para as festas de Carnaval. Cada pílula de “ecstasy” custa no mercado entre R$50,00 e R$90,00, dependendo da classe social. “Cada quilo da droga contém duas mil pílulas e nestes sete quilos existem aproximadamente 14 mil unidades, que, vendidas a R$60,00, em média, teremos mais de R$840 mil”.
O auditor da Receita Federal disse ainda que o órgão está vigilante e agora cabe à Polícia Federal investigar e descobrir quem eram as “mulas” ou até mesmo os traficantes que estavam com a droga e qual seria o seu destino.
Acredita-se que o estoque da conhecida como “pílula do amor” seria para as festas de carnaval e que Belém seria a rota para se chegar a grandes centros, como Rio e São Paulo, utilizando as rodovias.
Considerado uma droga sintética da anfetamina (drogas estimulantes da atividade do sistema nervoso central, que fazem o cérebro trabalhar mais depressa), o “ecstasy”, conhecido como metilenodioximetanfetamina, começa a ter mercado com maior desenvoltura na região Norte, utilizada principalmente com a chegada da temporada de grandes concentrações como férias e carnaval.
HISTÓRICO
Surgida em países europeus como Alemanha e Holanda, em 1914, o “ecstasy” era considerado como moderador de apetite. No entanto, no final do século passado, a droga, que era usada para fins de tratamento psicoterápico, teve o uso proibido depois de provocar lesões nos neurônios.
O tráfico deste tipo de entorpecente passou a ser um problema a mais para a polícia brasileira, uma vez que, com o poder psicoestimulante igual ao da cocaína, passou a fazer parte das drogas consumidas geralmente por jovens da chamada “classe média alta”, uma pois seu valor é alto em comparação a outros tipos de entorpecentes.
Fonte: (Diário do Pará)
Meu deus, dá vontade de chorar quando a gente vê uma notícia dessas. Quanto desperdicio de felicidade…
Quando será que essa hipocrisia cretina de “combate as drogas” vai acabar? Quanto dinheiro jogado fora com isso?
Todo mundo se droga a vontade tomando alcool e ningúem fala nada. todo final de semana, os Pronto-socorros vivem abarrotados de casos resultantes de embriaguez e ninguem faz porra nenhuma.
90% das mulheres de classe média e alta estão tomando ou já tomaram algum tipo de anfetamina inibidora de apetite e todo mundo acha perfeitamente normal.
Infelizmente o E não foi inventado pela Roche, Pfizer ou mesmo pela Nestlé, senão seria tudo diferente.