Delegacia da Mulher realizou blitz de orientação a não violência doméstica
A Polícia Civil do Pará, através da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), promoveu, na terça-feira, 25, uma programação alusiva em Santarém e, em outras cidades do Estado, para marcar o Dia Internacional da Não-Violência Contra a Mulher. A programação celebrada neste dia 25 aconteceu, também, em alusão aos 16 Dias de Ativismo pelo fim da Violência Contra a Mulher.
Em Santarém, a equipe da Delegacia Especializada de Atendimento a Mulher (DEAM) promoveu uma “blitz”, na Avenida Sérgio Henn, bairro Interventoria, de 8h30 às 9h30 desta terça-feira. Durante a ação, os policiais civis distribuíram flores às mulheres e laços brancos aos homens. A delegada Adrienne Pessoa informou que durante a ação, foram repassadas informações ao público sobre a rede de atendimento à mulher no município e orientações sobre como denunciar casos de violência na região. A delegada Adrienne assumiu a direção da DEAM, após a delegada Andrezza Alves sair de licença maternidade.
Em Belém e Ananindeua, em Bragança, Barcarena, Castanhal, Itaituba e Soure, no Marajó, as Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (DEAMs), da Polícia Civil, participaram de ações educativas e de promoção da cidadania voltadas ao enfrentamento da violência contra a mulher.
Em Belém, a delegada Alessandra Jorge, diretora da DEAM, ministrou palestra sob o tema “A Segurança Pública no Laço Branco – Homens pelo Fim da Violência Contra a Mulher: O Agente Consciente e Protetor”, o evento foi realizado, às 16 horas, no auditório B, da Delegacia-Geral da Polícia Civil, na Avenida Magalhães Barata, bairro de Nazaré.
A delegada Simone Edoron, titular da DAV, explica que os eventos têm a meta de orientar os homens que atuam como agentes públicos sobre o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar e sobre a apuração de denúncias de casos. “Surge a necessidade de sensibilização e compreensão do policial de seu papel, enquanto homem cidadão e também enquanto servidor”, detalha.
Em Itaituba, o dia foi marcado com uma caminhada, que saiu às 17 horas, da Praça do Cidadão, e seguiu até a orla do município, para chamar a atenção da sociedade quanto à violência contra a mulher. O evento contou com a participação de diversos órgãos, entre eles, a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM), sob direção da delegada Leilane Reis. À noite, às 21h30, a delegada proferiu uma palestra, na sede da Faculdade de Itaituba (FAI), sobre Lei Maria da Penha, para estudantes universitários.
DIA INTERNACIONAL: O dia 25 de novembro foi declarado Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, no Primeiro Encontro Feminista da América Latina e Caribe realizado na cidade de Bogotá em 1981, como justa homenagem a “Las Mariposas”, codinome utilizado em atividades clandestinas pelas irmãs Mirabal, heroínas da República Dominicana brutalmente assassinadas em 25 de novembro de 1960.
Minerva, Pátria e Maria Tereza ousaram se opor à ditadura de Rafael Leônidas Trujillo, uma das mais violentas da América Latina. Por tal atitude, foram perseguidas e presas juntamente com seus maridos. Como plano para assassiná-las, uma vez que provocaram grande comoção popular enquanto estavam presas, o ditador acabou por libertá-las, para em seguida simular um acidente automobilístico matando-as quando iam visitar seus maridos no cárcere. Seus corpos foram encontrados no fundo de um precipício estranguladas e com ossos quebrados.
A notícia do assassinato escandalizou e comoveu a Nação. Suas idéias, porém, não morreram. Seis meses mais tarde, em 30 de maio de 1961, Trujillo é assassinado e com ele cai a ditadura. Inicia-se, então, o processo de libertação do povo dominicano e de respeito aos direitos humanos, como quiseram Pátria, Minerva e Maria Tereza, cuja memória converteu-se em símbolo de dignidade, transcendendo os limites da República Dominicana para a América Latina e o mundo.
Fonte: RG 15/O Impacto