Batida entre trens no Rio deixa mais de 100 feridos
Pelo menos 112 pessoas precisaram de atendimento médico, segundo a Supervia (concessionária de trens que interligam a Região Metropolitana do Rio), depois que duas composições colidiram, às 20h20 de segunda-feira, 5, na Estação Presidente Juscelino, em Mesquita, na Baixada Fluminense. A maioria das vítimas foi submetida a avaliação médica e liberada em seguida.
Conforme o Corpo de Bombeiros, a maioria das pessoas que se machucaram sofreu ferimentos superficiais, mas, até o fim da noite, não havia ainda informações oficiais sobre o estado de saúde delas. As causas do acidente também não foram esclarecidas.
Os dois trens circulavam pelo ramal que vai da Central do Brasil, no centro do Rio, até Japeri, município da região metropolitana. Uma das composições estava parada na estação, quando foi atingida pela outra. As consequências do acidente não foram piores porque, por causa do mau tempo na região, no momento do acidente o trem circulava com velocidade reduzida, de 20 km/h a 30 km/h.
A circulação no ramal Japeri foi interrompida por causa do acidente e só deve ser retomada na manhã de hoje, depois que as composições fossem retiradas dos trilhos.
Segundo o secretário estadual de Transportes, Carlos Roberto Osório, o veículo que estava em movimento era um trem reformado, com manutenção em dia. Ele também informou que o condutor dessa composição saltou antes do acidente e não se feriu. Por isso, logo poderá prestar esclarecimentos sobre o acidente.
Os feridos foram encaminhados ao Hospital Geral de Nova Iguaçu (Baixada Fluminense), conhecido como Hospital da Posse, e também aos hospitais Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, e Getúlio Vargas, na Penha, zona norte do Rio. Nenhuma das unidades de saúde havia divulgado balanço dos atendimentos até a noite desta segunda.
Investigação. A Agência Reguladora de Serviços Públicos de Transportes do Estado do Rio (Agetransp) instaurou uma investigação para apurar as causas do acidente, além de avaliar o atendimento prestado às vítimas e o procedimento para restabelecer a operação no ramal. A Supervia pode ser punida com multa, se for responsabilizada pelo acidente.
O bancário Thiago Portela, de 28 anos, estava no trem que bateu na outra composição. “Tinha muita gente machucada, sangrando. Teve gente que caiu do lado de fora da plataforma. O outro trem ficou com a frente toda amassada. Teve gente com boca sangrando, com cortes. Era uma cena de guerra. Tinha uma fumaça grande e as pessoas acharam que o trem ia explodir. Parece que eu nasci de novo”, contou ao site G1.
A concessionária divulgou apenas uma nota a respeito do acidente: “Técnicos da Supervia estão no local para apurar as causas do incidente e dar a assistência necessária aos passageiros”, informou.
Fonte: Estadão