Sem acordo com Prefeita, Sintepp deflagra greve em Itaituba
Em nova Assembléia geral ocorrida na tarde de sexta-feira dia 27, O sindicato dos Trabalhadores em Educação o Pará, subsede Itaituba (SINTEPP) decidiu deflagrar greve na rede municipal de ensino. A decisão saiu após a Coordenação do Sintepp fazer um amplo relato sobre a última tentativa de negociação ocorrida na manhã de quinta-feira, dia 26, entre a categoria e a prefeita Eliene Nunes, que pela terceira vez novamente não apresentou nenhuma proposta aos professores.
Após a explanação feita pela sindicalista professora Suely Souza, aonde explicou aos professores que a Prefeita havia proposto que o Sintepp fizesse antes uma análise e avaliação do aspecto financeiro da Prefeitura quanto ao que foi arrecadado, incluindo Fundeb e recursos próprios, como maneira de entrar em novo diálogo para uma possibilidade de conceder aumento à categoria que em sua pauta de negociação pede 25% de reajuste salarial, além de outras melhorias no setor educacional.
Antes da votação pela Assembléia que optaria entre abrir nova rodada de negociações analisando a prestação de contas da gestão municipal ou entrar em greve, vários professores se inscreveram e falaram durante três minutos dando proposta e opinião sobre o tema em Pauta que constou da reunião com a Prefeita e deflagração ou não de greve.
O professor Rosivaldo Fernandes foi contundente e propôs greve por entender que o governo está empurrando com a barriga para enfraquecer a luta do Sintepp. Ana Cativo, mais branda, propôs uma nova rodada de negociações com avaliação das contas do Município a ser feita pelo Sintepp. Mas entre os professores que usaram da palavra predominou o sentimento da greve, o que foi concretizado pela assembléia.
A assembléia optou pela greve com 69 votos favoráveis, 5 abstenções e 15 a favor de que o Sintepp primeiro faça uma devassa nas contas da gestão de Eliene Nunes para depois decidir mediante avanço nas negociações. Como a lei exige que o Sindicato cumpra trâmites burocráticos e respeite o prazo de 72 horas para que de fato o professor deixe de ir para as escolas, na segunda-feira, dia 02, a entidade enviar documento à Prefeita, Justiça e direção das escolas, comunicando a greve, com a mesma ocorrendo de direito apenas na quinta-feira quando os professores ao invés das escolas irão para a sede do Sintepp.
Mas independente do resultado que decidiu pela greve a Coordenação do Sintepp enviará à Justiça local documento pedindo uma audiência com as presenças de membros do Ministério Público, Juiz e prefeita Eliene Nunes. Como a greve foi deflagrada no final de sexta-feira apenas na segunda, dia 02, a Prefeita deverá se manifestar a respeito da decisão dos professores que se sentem traídos por terem apoiado em massa a Eliene Nunes, que também é professora e agora estariam sendo escorraçados e em alguns casos até alvos de perseguição política, como foi dito por alguns.
Vários fatores foram citados na fala dos educadores para que essa peleja entre o governo e a entidade tivesse desfecho de greve. Radicalismo, falar de propostas e excesso de negociações que estavam desgastando a categoria, os professores entenderam que a Prefeita estava usando estratégia de empurrar com a barriga e desarticular o movimento, primeiro colocando a Semed e depois assumindo as negociações apenas para dizer que não tem dinheiro para conceder o aumento.
Fonte: RG 15/O Impacto e Nazareno Santos
O salário do Professor deveria ser igual ao vereador + 25 por cento pelo seu trabalho, jah que os vereadores trabalham uma vez por semana (nem todos) e recebem um bom salário pelas pouquíssimas horas trabalhadas. Jah o Professor trabalha de segunda a sexta e se preparou (fez faculdade) para lecionar. Jah o vereador, a maioria mal tem o curso secundário. São inversões de valores, característico de país que só valoriza quem não estuda.