Agricultores denunciam secretário de Itaituba
Na manhã de quarta-feira (18), no Gabinete da Presidência da Câmara Municipal de Itaituba, os vereadores se reuniram com agricultores (Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Itaituba) para discutir a questão dos assentamentos entorno do Parque Nacional da Amazônia. Na ocasião, a presidente do Sindicato Rural, Maria do Socorro Almada, conhecida por Nair, pediu apoio aos vereadores no sentido de juntos apelar ao Ministério Público para pedir a exclusão da área, ora embargada pelo MPF, por ter perdido o objeto, já que a referida área foi desafetada do Parque Nacional da Amazônia.
Há anos 14 comunidades lutam para se regularizar. Com a desafetação da área, as famílias acreditavam que ficaria mais fácil resolver a situação. Entretanto, já se passaram anos e nada foi resolvido. A maior vitória das famílias foi a realização da demarcação. Agora, esperam pelo Ministério Publico Federal para implantação do PDS, que querem que seja transformado em PA – Projeto de Assentamento.
Ficou acertado que dois representantes de cada comunidade entorno do Parque Nacional da Amazônia (Cocalino, Nova Conquista l e ll, Monte Verde, Universo, Pantanal de Areia, Nova Integração, Três Irmãos, Arixi, Nova União, Nova Olinda e Novo Horizonte), se desloquem até Santarém, juntamente com representantes do Sindicato e vereadores para conversar com o Procurador do Ministério Público sobre a exclusão da área.
Ainda na reunião, representantes dos agricultores denunciaram aos vereadores o Secretário Municipal de Agricultura, Gregório Paiva de Souza. Na denúncia, os agricultores acusam o Secretario de estar fazendo CAR – Cadastro Ambiental Rural para grandes empresários, inclusive abrangendo as áreas dos pequenos agricultores. Isto, disse um dos agricultores presentes, ele fez em cima da sua terra.
Os colonos também acusaram o secretário Gregório de Souza de ser hoje um dos maiores problemas para a classe no município de Itaituba. Em vez de o Secretário defender os pequenos agricultores, está beneficiando os grandes fazendeiros, com elaboração de CAR de áreas de 1.000 hectares. O pior, em áreas destinadas a Assentamentos.
Por: Nazareno Santos