O SOL VOLTOU A BRILHAR

Hoje (26.03) quando amanheceu, senti falta da música da chuva, no meu telhado, “é cantiga de ninar”, o céu estava azul depois de muito tempo, o cinza estava ausente. Deu um tempo! Mudou o tempo!

Então, pude sair para a minha caminhada. E o primeiro impacto quase não saía. Formou-se uma vala em frente à minha casa até a esquina na Muiraquitã. Parece marcação. Logo em frente à minha casa, na tão falada, prometida e enganada que está no “Projeto”, segundo o secretário de Infra estrutura, do município de Santarém, a Turiano Meira, na COHAB.VILLE. Fui caminhando e deparei com o resto das ruas do bairro, parece imagens de terremoto, tsunami, um verdadeiro cenário de guerra. Tudo estava um caos, bueiros entupidos, lamaçal, por cima das calçadas, madeiras, só lixo, lixo, lixo e lixo.!

Mesmo assim fui caminhando, saltando, lentamente, é claro, por cima de um ou outro monte de entulhos e dos mais diversos tipos de lixo, espalhados pela Rua Castelo Branco, Frei Vicente e suas transversais, no bairro da Interventoria.

Neste caso, vou perdoar, em parte, o governo municipal, pelos estragos causados pela chuva. Que sirva de motivação para colocar em prática, realmente, a Operação Verão. Pelo menos, no meu bairro, o serviço de coleta de lixo está funcionando a contento. O que é ruim é saber que muitas pessoas “perdem” o horário e mesmo assim colocam o lixo na rua, mesmo sabendo que a próxima coleta será quarenta e oito horas depois e nesta época de chuvas, (pelo menos eu nunca tinha visto cinco dias direto de chuvas em Santarém), a força da água vai arrastando tudo, derrubando árvores, postes mal conservados e provoca os alagamentos, enchentes, nas ruas, impedindo a regularidade das linhas de ônibus e outros veículos, que não enxergam onde tem buraco e então: “tchibum”. Só lhes restam chamar o resgate!

Provoca enchente nas praças, nas casas, principalmente na periferia (“Mas ao pobre meu irmão/para ele a chuva fina/lhe desmancha o seu barraco e faz lama pelo chão/”), nos quintais, nas lojas e, principalmente, nas ruas. O povo teve ter um pouco de consciência e evitar colocar lixo em qualquer parte da rua e quando colocar o faça nos dias e horas previamente marcados. E cuidar bem do seu entulho e das árvores, podadas ou derrubadas em seus quintais.

Com o excesso de chuvas, ocorrem os apagões nas residências, apagam os sinais luminosos de trânsito, por sinal, nestes momentos em que o trânsito fica um caos, não se encontram um agente de trânsito, ou não se vê, talvez por causa da cor dos seus uniformes, serem cinza, (está na moda, síndrome do livro e do filme) como está o dia, na hora da chuva.

Ainda assim, pude na hora que virei e passei a caminhar para a nascente, ver o sol surgindo tímido, mas foi crescendo, crescendo e chegou ao tamanho que estávamos acostumados a ver no céu santareno.

Mesmo assim, imaginei como estaria nas ruas dos bairros como, Floresta, Matinha, Área Verde, Urumari, Jaderlândia, Bela vista, Nova República, Santarenzinho, Amparo, Conquista, Santo André, e, ainda, a nossa Orla, por que lhe deixaram tão abandonada, ó meu Deus! Lembrei-me do material do Museu, onde o guardaram ou se ficou mesmo no meio da chuva, abandonados como está a própria obra, mesmo com a determinação judicial? Sem falar dos ambulantes que ficaram impedidos de trabalhar e a lama descendo direta para o lago do Juá, Mapiri, Uruará e os bueiros em frente à cidade.

Mas não vi só desgraça. Pelo menos na Castelo Branco com a Curuá Una, no matagal do ex-terreno do BEC abandonado. Um out door com a foto da minha estimada amiga, nossa bela e atuante vereadora ANA ELVIRA ALHO, que embeleza a nossa Pérola do Tapajós nestes dias de pós dilúvio.

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Hoje, tem no FLUMINENSE a sua tradicional SEXTA DA SAUDADE, com a BANDA STILLUS: DELSON, CAETANO e a participação especial da cantora LÍCIA MARA. A partir das 23 horas, imperdível!

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UMA DENÚNCIA: o ex-terreno do BEC teve os seus invasores retirados, mas um ficou e está tomando posse com uma oficina mecânica, quase na esquina da Curuá Una. Seria bom que os setores competentes do Município mandassem representantes para irem até lá. Pois foi assim que começou com o terreno do Colosso do Tapajós, com uma oficina e hoje já tem até conjunto residencial (agora a moda é condomínio), com alameda e tudo, dizem até que é de gente influente no governo municipal. Será? Tudo aquilo era área do estádio. Não vamos deixar a história se repetir.

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