Pescadores denunciam poluição do lago “papucu”

Assoreamento, plásticos e garrafas no leito do manancial. Este é o cenário do Lago do Papucu, localizado entre a grande área do Maracanã e o bairro do Mapiri, em Santarém. A poluição no Lago do Papucu virou alvo de denúncia de moradores e pescadores da área.

Os pescadores contam que há alguns anos o Papucu apresentava águas limpas e cristalinas, onde tinha muitas espécies de peixes. Com o passar dos anos, segundo eles, o acúmulo de lixo e a degradação ambiental causada pela população, transformou a paisagem do manancial. A força da enxurrada também é apontada pelos moradores, como um dos causadores do assoreamento, juntamente com o lixo, levado para dentro do lago, que aos poucos vai se degradando.

O que antes servia de local para pescaria e diversão, hoje, de acordo com os comunitários do Maracanã, não existe mais, onde a água está completamente suja e os plásticos e garrafas afastaram os peixes do manancial.

Caso os órgãos competentes não tomem providências, os pescadores alertam que o Lago do Papucu poderá deixar de existir.

Serra do índio ameaça soterrar bairro do Santarenzinho – Preocupados com a grande quantidade de areia e lama que desce da Serra do Índio com as freqüentes enxurradas, os moradores das ruas próximas ao local, no bairro do Santarenzinho entraram em contato com a nossa redação para pedir providências junto aos órgãos competentes.

Segundo os comunitários, toda vez que chove a Serra do Índio é vista como um problema pela população das proximidades, principalmente por conta da erosão provocar a descida de grande quantidade de areia, o que está provocando o soterramento de parte do bairro do Santarenzinho.

“Moro aqui perto e, toda vez que chove muito é um problema. Fico com muito medo de minha casa ser soterrada pela areia e lama que desce da Serra. Gostaria que o poder público tomasse providências para solucionar o problema”, disse uma moradora, que pediu para não ter o nome revelado.

Dezenas de famílias que residem próximo ao local querem a demolição da Serra do Índio, o que para eles, será a melhor forma de solucionar o problema da erosão e do soterramento do Santarenzinho.

Em um recente levantamento feito na Serra do Índio, a empresa R. Branco Engenharia revelou que tanto o Lago do Mapiri quanto o igarapé do Irurá também tem sido prejudicado pela descida de areia da Serra do Índio, onde foi retirada a ponta superior da serra a fim de reduzir a altura da montanha, para facilitar o pouso de aeronaves no antigo aeroporto da cidade. A retirada de parte da Serra, segundo a empresa de engenharia, causou um dano ambiental sério, por conta dos idealizadores da obra não terem previstos o desastre do assoreamento do Irurá com a descida das terras durante a chuva.

De acordo com a R. Branco Engenharia, matando o igarapé do Irurá irá acabar com a biodiversidade e transformar a área em um deserto. A empresa R. Branco é a favor da retirada total da Serra do Índio, por acreditar o impacto ambiental seria menor, principalmente pela Serra ter perdido a proteção natural, ocasionando na descida de areia, a qual está assoreando o igarapé e toda região.

Para a R. Branco Engenharia, a proibição da retirada da Serra do Índio é incoerente e, que o projeto de remoção total seria a alternativa para iniciar o reflorestamento da área, além da construção de uma escola florestal, um bosque ou outra área verde para Santarém.

Por: Manoel Cardoso