Prefeitura abdica dos repasses do Pará ao sistema de saúde

O vereador Emir Aguiar (PR) recebeu nossa reportagem na última segunda-feira, 24, ocasião em que fez referência ao governo municipal de Santarém, que tem caminhado, administrativamente, na contramão de alguns serviços essenciais à coletividade, tais como: a educação, saúde, infraestrutura rural e periferia da cidade.
Segundo o vereador Emir, um ônibus quebrado há bastante tempo em Cucurunã, que deveria atender as necessidades da comunidade escolar, deixou de ser utilizado pelos alunos, porque a Secretaria Municipal de Educação (Semed) afirmou que o conserto do veículo é de responsabilidade da referida escola. “Isso está completamente errado. Precisamos visitar as escolas pólo para verificar in loco de quem realmente é a responsabilidade da manutenção do ônibus”, adverte o Vereador.
Emir Aguiar disse que a falta desse ônibus para conduzir os alunos está provocando um problema muito mais grave que é o aumento da evasão escolar.
Outro assunto abordado pelo vereador foi sobre a saúde. Segundo ele, o governo do Estado há bastante tempo não está repassando ao Município os recursos constitucionais e o prefeito Alexandre Von fica calado, sacrificando os mínimos recursos do tesouro municipal para assumir responsabilidades que são inerentes ao governo estadual. “Com isso, a saúde em Santarém continua um verdadeiro caos e quem é penalizado é a população mais humilde e carente que só tem o sistema de saúde público para recorrer”, lamenta Emir.
O Vereador disse que o governo municipal deveria ir à Justiça para fazer com que o governo do Estado faça os repasses regularmente, porque são direitos constitucionais, a serem repassados ao sistema de saúde de Santarém. Com essa medida, os serviços de saúde no Município seriam normalizados. “Mas não, o prefeito Alexandre Von prefere agir de forma covarde em não acionar o governador Simão Jatene na Justiça, porque pertencem ao mesmo partido, o PSDB. Com essa postura corporativista prefere sacrificar a população que o elegeu para ser o seu Prefeito e defender seus direitos”, afirmou Emir Aguiar.
SUPERLOTAÇÃO: Cerca de 20% dos pacientes que recebem atendimento no Hospital Municipal de Santarém são de municípios vizinhos. O hospital é referência na região em urgência e emergência. A maioria dos casos vindos para a cidade é de baixa complexidade e poderiam ser tratados no próprio Município de origem, mas não é o que ocorre, e com isso, há sobrecarga de atendimento. A recepção e os corredores do hospital ficam lotados. O que também contribui para o aumento da demanda de pacientes é a precariedade em algumas Unidades Básicas de Saúde.
Emir Aguiar percebeu que não adianta investir somente na construção de hospitais e reforma de unidades se não investir no material humano, que é responsável por garantir a saúde da população.
PREOCUPAÇÃO: A vereadora Marcela Tolentino (SDD) mostrou-se muito preocupada com a questão da saúde pública no Município. O alvo de polêmicas continua sendo o Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará (HRBA), que agora está com o arco cirúrgico quebrado. Marcela explica que o arco cirúrgico é um aparelho que auxilia o cirurgião, produzindo a imagem em tempo real do procedimento, o que contribui para o sucesso de cirurgias de alta complexidade. “Cirurgias de alta complexidade ficam sendo comprometidas pela falta do aparelho, eles alegam a sensibilidade de alguns aparelhos devido as constantes quedas de energia”, disse Marcela Tolentino.
A Vereadora informou que os responsáveis estão já providenciando para que este aparelho esteja concertado até o dia 08/09. “Estamos atentos, porque já basta que o Regional tenha apenas 128 leitos para atender uma população de mais de 1 milhão de pessoas”, declarou. Marcela enfatiza a necessidade de se envidar esforços do governos federal e estadual, para ampliar urgentemente os serviços do Hospital Regional que é referencia no Município.
Por: Manoel Cardoso
Fonte: RG 15/O Impacto