A SEMANA DA PÁTRIA
Domingo passado fui a feira do Aeroporto Velho (minhas filhas dizem que é vício) vestindo uma camisa de treino da CBF verde com o escudo no centro em amarelo e azul. Um amigo, produtor rural, comentou: agora tu és brasileiro?
Respondi-lhe: agora não! Eu sempre fui e serei brasileiro. Nasci e me criei nesta terra maravilhosa (algumas vezes estive fora dela) e tenho-a como a “minha mãe gentil”. Alguns que não gostam dela foram para outros países, acreditando viver melhor, muito bem! Eu não me importo que tenha algumas “vasilhas” imundas que insistem em não pegar o chapéu e sair de mansinho da roda viva, do cenário, principalmente político, já que enlameiam e servem de péssimo exemplo para as novas gerações, que a poucos tem que se mirar.
Quando, o prezado leitor, estiver “quebrando o meu galho” e lendo este texto talvez esteja ouvindo, as fanfarras das escolas municipais e estaduais, nos desfiles, comemorativos à Semana da Pátria. (confesso que nunca tinha visto tanto agente de trânsito nas ruas. Desde, o dia da inauguração do Centro Cultural João Fona, sexta-feira passada, dia 28, às 18 horas em diante, o isolamento do entorno estava de Primeira. E agora nos locais onde ocorrem os desfiles também. É uma pena que não se pode dizer do outros dias. Parecem que somem na poeira, ou estão com medo do calor escaldante que assola a nossa ex-Pérola do Tapajós, não se acha um para remédio – e o trânsito é um Deus nos acuda, salve-se quem puder!).
Uma tradição criada nos governos populistas da Itália de Mussolini e Alemanha de Hitler. No Brasil as grandes concentrações comemorativas as datas cívicas, ganharam, a partir de 1930, espaço no governo de Getúlio Vargas. Que fazia as grandes concentrações no estádio do Vasco da Gama, no Rio de Janeiro. E ganhou dimensões no País afora, principalmente, nos dias 5 de setembro – Dia da raça e 7 de setembro – Dia da Independência.
A data do DIA DA RAÇA, que se festeja amanhã, entrou para o calendário oficial a partir da Proclamação da Independência do Brasil. Segundo historiadores, a raça brasileira teve sua origem na miscigenação de índios, negros e brancos. As principais culturas que contribuíram para a formação das características dos brasileiros foram os africanos, os alemães, os italianos, os japoneses, os libaneses, os holandeses, os chineses e os poloneses. A celebração do Dia da Raça tem o objetivo de enaltecer a identidade cultural brasileira e todos os imigrantes que contribuíram para a formação da “raça brasileira”. O DIA DA RAÇA é destinado para exaltar a todos os povos que ajudaram na formação do Brasil, desde o período da colonização até a vinda dos imigrantes europeus que trabalharam nas lavouras de café. A data é marcada por um sentimento de nacionalidade, semelhante ao visto durante a Inconfidência Mineira e a Independência do Brasil.
Eu me lembro da minha infância, quando no Dia da Raça não se tinha desfile escolar, era concentração no estádio Aderbal Tapajós Caetano Correa, depois denominado Elinaldo Barbosa dos Santos (hoje, o maior terreno baldio no centro mais valorizado pelo mercado imobiliário de Santarém, usado em outra atividade que não é o esporte, a “balalaica” do Tiro de Guerra 190 e concentrações estudantis, como festival de banda, por exemplo), dali, após a missa, geralmente celebrada pelo Pe. Manuel de Albuquerque, se saia em marcha, os clubes de futebol, os sindicatos e as associações artísticas e culturais, até o centro da Cidade pela antiga João Pessoa até a Praça da Bandeira.
Hoje, o festejo do Dia da Raça está distribuído em desfiles escolares nos diversos bairros, porque Santarém cresceu muito e no dia 7 de setembro que deveria ser só o desfile militar tem alguns colégios, com “bandas de primeira linha” que participam do desfile do dia da Pátria.
Eu espero que no calor escaldante da hora do desfile, amoleça a “moleira” dessa gente e deixe de cometer crime de “leso patriotismo” e pense que servir a Pátria e a população é o objetivo maior de servidor público, político e nesta semana faça renascer os valores éticos, o verdadeiro sentido de amor à PÁTRIA, que é amar e respeitar o lugar onde nascemos e vivemos. Que, acima de tudo é traduzir a Pátria com o que vivenciamos para buscarmos, no caso do Brasil, uma Pátria mais humana, justa, construtiva e democrática, que é conhecermos todos os nossos direitos e termos a liberdade de nos expressar respeitando os direitos alheios e os valores construídos.
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Duas obras demoradas, mas saíram do papel: o Cristo Rei e o Centro Cultura João Fona. Este último, dados os seis adiamentos da data prevista para inauguração, (perdi por pouco, disse aqui neste espaço que seria inaugurado no dia 24 de outubro, antiga data do aniversário de Santarém, perdi, por poucos dois meses). Mas, mesmo com a falta de refrigeração para as salas de exposição e reunião. Trata-se de um a obra que Santarém merecia, algo mais uma atração para se ver. Para a população e para os turistas conhecerem as nossas origens, espero que abra aos domingos, pois o Cristo Rei fui levar uns amigos lá, “bati com a cara na porta”. A restauração do Centro Cultural João Fona e o Anfiteatro, trata-se de um trabalho maravilhoso, árduo feito com carinho e amor pelo nosso artista plástico e restaurador Renato Sussuarana e a sua filha arquiteta Ceci OneideSussuarana. Espero que para lá vá pessoas compromissadas com a cultura, com a arte e zelo por este próprio municipal que foi entregue a população como uma das melhores obras da atual administração santarena. Valeu a espera. Só lamento que na noite após a inauguração aquela turma de bagunceiro já usaram as paredes do museu para o seu “XIXI”, alguém falou na imprensa local sobre a aberração que lá existe, diariamente e ninguém põem fim a esse abuso. Creio que o nosso prefeito tem que cumprir o já aprovado pela Câmara municipal de Santarém, a instalação da Guarda Municipal para proteger os bens públicos.////cabe aqui uma “gafe” no secretário de Cultura, Todo eufórico dizia-me que tinha conseguido trazer os cinco últimos prefeitos de Santarém vivos, pesquisado no livro Santarém Momentos histórico. Citou o nome: Ronaldo Campos, Ronan Liberal, Rui Correa, Oti Santos e Lira Maia. Disse-lhe que ele esqueceu de convidar dois ex-prefeitos que são “vizinhos” da Secretaria de Cultura: Fábio Lima que mora em frente da Secretaria de Cultura e Jerônimo Diniz que mora, na rua por detrás da Secretaria de Cultura.(susto e surpresa….). Tá vendo no que dá desconhecer a nossa história, e pesquisar mal///===////////mesmo no que pese a mais uma promessa de iniciar os serviços de asfaltamento de parte da Turiano Meira, que fica na COHAB, seria desta vez no mês de agosto. Nada! Conversei com o nosso prefeito, este me disse que seria em setembro, após a conclusão da av. Anísio Chaves. A primeira semana já passou. Mais uma promessa não cumprida!
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HOJE tem o melhor da saudade no Fluminense, a partir das vinte e três horas, com Ricky e banda. Imperdível.