Indústria da invasão de terras é denunciada

Vereador Silvio Neto fez a denúncia
Vereador Silvio Neto fez a denúncia

A onda de invasões de terras que acontece com freqüência em Santarém gerou críticas do vereador Silvio Neto (PSD) às pessoas que encabeçam movimentos para fomentar o que chamou de ‘indústria da invasão’. O vereador Silvio Neto manifestou indignação sobre a ‘indústria da invasão’, que segundo ele, apesar das ordens judiciais, as sentenças não estão sendo cumpridas.
“O Poder Judiciário tem que se fazer mais presente, assim como o Comando Geral da Polícia Militar precisa agir imediatamente quando uma sentença for expedida. Chegam as sentenças, vão para Comando Geral da Polícia Militar e não estão sendo obedecidas. Com isso, pretensos pré-candidatas a cargos políticos estão utilizando essas pessoas. Pagam taxas para advogados, dizendo que as famílias vão ter a posse da terra. O que não é verdade”, disse Silvio Neto.
O vereador Silvio Neto afirma que há pessoas se utilizando de expedientes ilegais e, que são estelionatários, se anunciando como pré-candidatos a cargos políticos, dizendo que se forem eleitos vão garantir essas terras aos invasores. Alegam, também, que eles têm custo com advogados para garantir a terra às famílias, afirmando veementemente, que as pessoas não vão sair da terra, mas que na verdade mais na frente vão desocupar sim essas áreas invadidas. “Essas pessoas de má fé estão, portanto, ludibriando, pessoas humildes e carentes. Usurpando delas os mínimos recursos que dispõem para sobreviver”, denuncia o Vereador.
Silvio Neto disse que o Poder Judiciário precisa agir de forma mais eficaz para que as pessoas que não têm informações suficientes sejam ludibriadas sobre a ilusão pregada pelas lideranças da indústria da invasão em Santarém.
O parlamentar destacou dois exemplos de áreas com sentença de reintegração de posse que não foram cumpridas, que se localizam no bairro da Vigia e na Fernando Guilhon, ao lado do Shopping Rio Tapajós. “Nesses locais as pessoas continuam construindo e pagando taxas aos líderes das invasões, investindo seus últimos recursos em uma área que vão ter de desocupar porque não lhes pertencem de fato e de direito”, declarou Silvio Neto.
CAIXAS DO BANCO DO BRASIL INOPERANTES: O vereador Geovani Aguiar (PSC) denunciou a inoperância do Banco do Brasil em Santarém. O Vereador disse que no feriado de segunda-feira (7 de setembro) esteve em duas das agências do banco e não havia um caixa disponível para saque, apenas para consultas. Preocupado, Geovani ressalta que Santarém não pode ficar com os caixas nessas condições, já que a cidade além de ser um pólo turístico está às vésperas do Sairé. O Vereador chama atenção da direção do Banco do Brasil e propõe uma ação logística especial para esses períodos. “Fique atenta, para não faltar dinheiro nos caixas eletrônicos porque é um absurdo e um desrespeito aos clientes”, disse Geovani Aguiar.
APOIO AOS LAVADORES DA AVENIDA TAPAJÓS: O vereador Júnior Tapajós (PMDB) falou sobre a situação dos lavadores de carros da Avenida Tapajós que estão na eminência de serem retirados por determinação do Ministério Público. Júnior destaca que “temos que pensar que ali trabalham mais de 50 pessoas e automaticamente são mais de 50 famílias que vão ser prejudicadas”. Tapajós informou que esteve em reunião com esses trabalhadores na semana passada e propôs algumas medidas em favor da classe, como a formalização do serviço, um lugar para exercício da atividade sem estar ameaçado de despejo.
“Estamos garantindo por meio de nosso mandato, ajuda do Município para facilitar as licenças de trabalho e operação desses lava jatos e o SEBRAE vai nos ajudar na formalização desses lavadores como micro empreendedores individuais”, declarou o Vereador.
CONGESTIONAMENTO DA FERNANDO GUILHON: O vereador Henderson Pinto (DEM) disse à nossa reportagem, que muitas foram as reclamações apresentadas pelo setor produtivo e comercial em torno da rodovia Fernando Guilhon. Não apenas pela quantidade de veículos que trafega, mas, também, pela forma de sinalização ali imposta em frente ao Shopping Rio Tapajós e na rotatória localizada na saída da Avenida Resistência.
“Eu observei que o semáforo fica com os segundos marcando enquanto os carros vão se acumulando atrás da faixa esperando o sinal abrir, depois que abre o semáforo já está uma com a fila tomada de carros”, ressaltou o Vereador. No sentido de melhorar o tráfego, Henderson Pinto propõe uma solução definitiva e uma medida para amenizar o problema de imediato.
A solução definitiva apresentada por Henderson é que; no semáforo em frente ao Shopping seja instalado um botão que possa ser acionado pelo pedestre para fazer a travessia da via como já existe nas grandes cidades. A outra proposta do Vereador é que por enquanto, se coloque agentes de trânsito para controlar o tráfego, ou seja, o agente vai fazer a sinalização e só vai fechar a rodovia em frente ao Shopping no momento em que houver pedestres para atravessar.
EMPRESA QUE CONSTRUIU ESCOLA NÃO FOI PAGA: O vereador Emir Aguiar (PR) denunciou que a empresa que construiu o prédio da escola municipal professora Delfina de Jesus Rodrigues ainda não recebeu o pagamento pelo serviço prestado. Segundo ele, o valor devido é de mais de 300 mil reais. Emir Aguiar informa que a obra foi entregue em 13 de agosto de 2013, e que teve a efetiva participação da Câmara Municipal, para que a mesma fosse concluída, dada a necessidade dos alunos que estavam precisando da escola. “Tivemos a obra concluída, mas o Prefeito não pagou a empresa. Então, a gente precisa verificar junto à Secretaria Municipal de Educação e à Prefeitura, quem está sendo caloteira nesse caso”, cita Emir Aguiar.
Emir Aguiar disse não saber o valor total da obra da escola que fica localizada no bairro Aeroporto Velho, mas informou que o proprietário da empresa lhe falou que até hoje não recebeu mais de 300 mil reais, nesses termos: “usei recursos próprios para concluir a obra e a Prefeitura não me paga”. Emir pede que a Prefeitura possa valorizar os empresários de Santarém.
FALTA AUTONOMIA PARA A GESTÃO MUNICIPAL: O vereador Marcílio Cunha (PMN) declarou à reportagem que falta autonomia para a gestão municipal, em determinadas áreas da cidade e que isso vem causando alguns transtornos. O Vereador cita como exemplo a área portuária, onde solicitou uma reunião para discutir a implantação de um píer na ampliação do Projeto Orla e foi colocado que o Município não teria competência para gerir essa gestão portuária. Esclarece que a competência era antes da União e esta repassou ao Estado através das Docas do Pará.
Relata Marcilio Cunha que, quando se questiona situações ligadas à rodovia BR 163 (Santarém-Cuiabá), área urbana, onde a Policia Rodoviária Federal fiscaliza e proíbe a venda de bebida alcoólica em seu trecho e estacionamento, “são problemas municipais difíceis de serem resolvidos pelos órgãos competentes”.
Informa o Vereador que ele e outros pares já pediram a construção de uma passarela na rotatória da Avenida Moaçara, com a BR 163 e até hoje não foi possível. Acrescentando que já pediu, também, a colocação de redutor de velocidade, para evitar acidentes. “O Município respondeu que poderia fazer na Moaçara e não na Santarém-Cuiabá, por ser de competência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Assim não vamos resolver o problema, já que o fluxo maior de veículos é na rodovia”, observa.
Marcílio Cunha defende a interferência de deputados estaduais e federais, para que busquem soluções de transferências de competência da União e do Estado para o Município, para que problemas como esses e outros sejam resolvidos.
Fonte: RG 15/O Impacto

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