MPF denuncia quadrilha que roubava cargas dos Correios no Pará
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou à Justiça Federal 10 acusados de fazerem parte de uma quadrilha especializada em roubar cargas dos Correios. Os roubos eram praticados geralmente nas rodovias BR-316 e PA-150, que formam a chamada Alça Viária, ligando a capital Belém ao interior do Pará.
De acordo com as investigações, a quadrilha usava carros roubados ou adquiridos por meio de uma transação – também ilegal – conhecida como FINAM, em que o dono de um veículo financiado, por não conseguir pagar as parcelas, revende o automóvel por preços mais baixos.
Os 10 homens praticavam os roubos pelo menos desde 2013. Só no período entre o início de 2014 e junho de 2015, foram registrados mais de 50 assaltos quase idênticos nessas estradas. No dia 26 de março de 2015, a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal conseguiram impedir um dos assaltos, prendendo em flagrante dois assaltantes.
Os dois assaltantes presos confessaram uma parte dos crimes e levaram à prisão de outros oito integrantes da quadrilha. Todos estão presos em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém e confirmaram o funcionamento do esquema de roubo de cargas.
Os caminhões atacados pertenciam a empresas terceirizadas que faziam o transporte de encomendas para os Correios. Os assaltantes paravam os caminhões com bloqueios na pista e armados com pistolas e revólveres rendiam os motoristas.
Além da organização para assaltar, a quadrilha também montou um esquema para vender as diversas mercadorias roubadas – roupas, eletroeletrônicos, utilidades domésticas. Por isso, os 10 integrantes são acusados dos crimes de roubo qualificado (com emprego de arma de fogo), formação de quadrilha e receptação qualificada.
Alexandre Eusábio Dayrell Sousa é considerado o chefe da quadrilha. Além dele, são acusados Kallysu Benicio Neponuceno, Guilbert Clayton Marques de Souza, Pedro Paulo Baia Pinheiro Filho, Luis Paulo Mendonça Pinheiro, Gleybson Carlos Ferreira Braga, Adriano Lobo da Silva, Silvio Roberto da Silveira, Adriano Oliveira Matos e André Barbosa de Souza. Desses, apenas Silvio Roberto e André Barbosa não estão presos.
Fonte: RG 15/O Impacto e MPF