UNECOS culpa Prefeitura por precariedade de ruas
A situação caótica da falta de infraestrutura em centenas de ruas de bairros periféricos de Santarém, no oeste do Pará, gerou duras críticas do presidente da União das Entidades Comunitárias de Santarém (Unecos), Giovane dos Santos, à administração pública do Município. Para ele, o Prefeito é o responsável de organizar e administrar a cidade, mas se ele não estiver fazendo isso, automaticamente a responsabilidade cai sobre a gestão pública.
Hoje, ruas em diferentes pontos de Santarém viraram motivo de reclamação da população. Devido a grande quantidade de buracos, motoristas e motociclistas denunciam que sofrem prejuízos rotineiramente.
Entre as vias em situação caótica, os condutores de veículos apontam: A Avenida Frei Vicente, no bairro Interventoria; a Avenida Tancredo Neves, que liga a BR-163 a Grande Área da Nova República; as ruas Cruzeiro do Norte, Olavo Bilac e Bom Jardim, no Santarenzinho; a Avenida Maracanã, que liga a rodovia Fernando Guilhon a Praia do Maracanã, entre outras.
De acordo com Giovane dos Santos, os condutores de veículos e até mesmo pedestres têm muitas dificuldades para trafegar na grande maioria das ruas de Santarém. “Temos uma dificuldade enorme em Santarém sobre infraestrutura. No período do inverno o problema é lama e muitas outras situações. No verão tem o problema da poeira e de buracos que restaram de erosões que aconteceram no inverno. Como geralmente as ruas não recebem manutenção no verão, isso cria um problema gigantesco para a população. É importante que qualquer comunidade que tenha várias residências seja beneficiada. O Município tem uma parcela de culpa na falta de infraestrutura das ruas”, diz o líder comunitário.
Segundo Giovane, a Unecos coloca a responsabilidade da falta de infraestrutura urbana na administração pública e, que por isso a entidade vai tomar posição em realizar um movimento para cobrar da Prefeitura solução para o problema. Ele acrescenta que a Prefeitura tem que organizar e estabelecer algumas metas, principalmente nas partes mais críticas das ruas de Santarém.
“O que falta é seriedade e responsabilidade da administração, para que a população não sofra tanto em relação aos problemas ocasionados pela precária condição de infraestrutura, que estamos passando nesse momento em Santarém”, afirma o líder.
PROGNÓSTICO DE PROBLEMA: Giovane lembra que o período chuvoso está se aproximando e, que ele geralmente trás dois agravantes: “Primeiro é o problema das enxurradas que acabam cavando grandes crateras. O outro é o problema causado por mato nas ruas. A chuva faz o mato crescer e com isso aumentam os riscos provocados por gangues e bandidos que gostam de assaltar as pessoas quando passam em áreas isoladas e cheias de mato”, alerta.
Outro problema relacionado à infraestrutura, segundo Giovane, é a falta de iluminação pública na grande maioria das ruas, principalmente nos bairros periféricos. “A iluminação pública é uma questão que as lideranças buscam constantemente e não têm respostas sobre a manutenção nos pontos críticos. No período noturno as ruas ficam em completa escuridão, aumentando os riscos aos moradores”, aponta Giovane.
DIREITO DO CIDADÃO: De acordo com Giovane dos Santos, existem ruas em situação tão crítica que não há como entrar uma viatura da Polícia Militar, caso haja uma ocorrência, ou uma ambulância, caso um morador tenha algum problema de saúde. “Isso infringe o direito de ir e vir do cidadão. Existe a necessidade de se mapear alguns bairros para ver quais são as prioridades. Sabemos que o Município tem suas dificuldades, mas deve ter o mapeamento e seriedade com os pontos mais críticos que a população está sofrendo. Algumas vezes, por ser periferia, eles não se importam em dar manutenção”, declara o líder comunitário.
Por: Manoel Cardoso