CÂMARA DE VEREADORES DE ALENQUER CASSA PREFEITO MARREIRO
Dez vereadores da câmara municipal de Alenquer se reuniram no dia 12 de janeiro de 2016, (terça-feira), no Poder Legislativo alenquerense e decidiram cassar o Prefeito constitucional Flávio Marreiro.
Desde as primeiras horas da manhã de terça-feira a movimentação era intensa nos quatro cantos da cidade, já que vários segmentos sociais em grito de ordem pediam providências com relação ao caos que se instalou no Município. A manifestação foi pacífica, visto que os manifestantes imploravam aos vereadores, para que os mesmos primassem pela moralidade.
Tão logo o início dos trabalhos, as evidências eram sintéticas de que a permanência de Prefeito estaria insustentável. Ato contínuo, os vereadores presentes: Ddzinho e Roberto Simões – SD; Zé Peba, Laércio Calderaro e Lisboa – PSD; Celso Raposa e Nelson dos Pescadores – DEM; Odair – PR; Tabaco – PTB e Rose Cunha – PMDB, imbuídos no preceito de legítimos representantes do povo, opinaram pela cassação do Prefeito.
Não compareceram na sessão extraordinária para ouvir e/ou defender um documento com 46 páginas, cinco vereadores, assim descritos: Preto Maia e Ademarzinho – PT, Dina Dias – PROS, Zezinho Valente – PSDB e Chiquitinho – PDT, cujas denúncias levadas ao público são absurdas. Ou seja, as razões foram óbvias, onde a fundamentação dos pares prevaleceu à coerência de uma verdadeira avalanche de denúncias contra o gestor, tais como: peculato, evasão de divisa, malversação, desvio do erário, improbidade administrativa e prevaricação. Portanto, apenas cinco vereadores não atenderam aos reclames da população e dos funcionários que, em um só pensamento não concordavam com a permanência do mesmo administrando a Prefeitura Municipal.
Dentro do contexto exaustivo da leitura das denúncias apresentadas pela Comissão de Justiça, a sessão foi suspensa por duas horas, aguardando a defesa de Flávio Marreiro. Como o acusado não se manifestou, foi dada a seqüência nos trabalhos que culminou em cassação.
Destarte, é oportuno ressaltar que recentemente o referido gestor já teria sido afastado pelos mesmos 10 vereadores, para apurar supostas denúncias de irregularidades no seu governo. Ocorre que apenas um Desembargador o retornou ao poder, frustrando a população. O Magistrado entendeu que o afastamento seria infundado. Em resumo, logo após a proclamação pelo presidente da Casa, Laércio Calderaro, foi procedido o ato de posse do vice Carlos Cambraia.
Como forma de liberdade a população foi às ruas em carreatas comemorar esse ato de democracia.
FUTRIMANGANDO: As palavras proferidas pelos vereadores que votaram na cassação de Flávio Marreiro foram de repúdio contra os vereadores (foto) que pela terceira vez se recusaram e se abstiveram de votar na emenda da Lei Orgânica que legitimava o Poder Legislativo alenquerense afastar o gestor municipal por improbidade administrativa. A materialidade de falta de decoro, segundo seus pares, foi consolidada pelo não comparecimento na Câmara Municipal para defender o povo.
Que sirva de exemplo.